Tragédia na trilha do Monte Rinjani
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida na terça-feira, 24, após um acidente na encosta do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. O resgate ocorreu quatro dias após sua queda, e a causa exata de sua morte ainda não foi divulgada. Durante esse tempo, Juliana ficou sem água, comida ou abrigo, o que levanta importantes questões sobre a sobrevivência em condições extremas.
Pessoas em situações extremas
A região onde Juliana caiu é considerada uma das mais perigosas da trilha, com declives acentuados e terreno instável. O local está a uma altitude entre 2.600 e 3.000 metros, onde as condições climáticas variam bastante. Estudos indicam que, em média, o corpo humano pode sobreviver semanas sem alimento, no entanto a sobrevivência sem água é drasticamente menor, com a maioria das pessoas vivendo de 2 a 4 dias.
Fatores que influenciam a sobrevivência
A duração da sobrevivência sem comida depende de diversos fatores, como sexo, composição corporal e o que foi consumido antes da privação. Pessoas com mais gordura corporal tendem a suportar a falta de alimento por mais tempo, pois podem utilizar suas reservas de gordura como energia. Em diversas pesquisas sobre greves de fome, indivíduos conseguiram ficar entre 28 a 61 dias sem se alimentar, dependendo de condições e do acesso à água.
Consequências da desidratação
O tempo de sobrevivência sem água é muito reduzido. Em 1944, um experimento demonstrou que duas pessoas que se alimentaram de uma dieta seca mas sem hidratação não conseguiram durar mais de 4 dias. Os primeiros sinais de desidratação incluem sede intensa, tontura e confusão mental, que se agravam rapidamente. A hidratação é vital, pois o corpo não possui mecanismos para lidar com a falta de água.
Risco de hipotermia em altitudes elevadas
A hipotermia é uma condição crítica, especialmente em altitudes elevadas como a do Monte Rinjani. Nestes locais frios, o corpo humano perde calor mais rapidamente do que pode produzir. As pessoas que permanecem imóveis em ambientes frios estão em risco elevado, podendo enfrentar temperaturas perigosamente baixas mesmo em condições não extremas. A imobilidade reduz a produção de calor no corpo, aumentando o risco de hipotermia.
Doença da altitude e seus efeitos
Além da falta de alimentos e água, a baixa disponibilidade de oxigênio em altitudes elevadas pode resultar em doenças relacionadas, como a doença da altitude. Sintomas incluem fadiga, tontura e problemas gastrointestinais, que podem agravar ainda mais a situação de alguém que já está debilitado.