Paz Esteban Envolvida em Controvérsia de Espionagem
Paz Esteban, que foi diretora do Centro Nacional de Inteligência (CNI) até maio de 2022, está prestes a enfrentar um interrogatório como imputada no caso de espionagem usando o software Pegasus. Este programa, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, foi supostamente utilizado para espionar deputados da ERC, como Josep Maria Jové e Diana Riba.
Data da Ouvida e Contexto da Investigação
De acordo com informações divulgadas pelo elDiario.es e confirmadas por outras fontes, a juíza responsável pelo caso agendou a comparecência de Esteban para o dia 29 de setembro. Para que a ex-diretora possa depor, foi emitido um suplicatório ao Governo, solicitando a liberação da obrigação de manter sigilo, a qual ela havia utilizado em sua primeira declaração, alegando questões relacionadas ao espionagem.
Implicações pelo Uso do Software Pegasus
O uso do Pegasus é a principal questão em várias investigações que abrangem diversos tribunais em Barcelona. A Audência de Barcelona já apontou indícios que ligam o CNI, sob a direção de Esteban, a infiltrações em telefones de políticos e ativistas independentistas catalães. Investigações pelos Mossos d’Esquadra revelaram a presença de um domínio malicioso nos dispositivos de Riba e Jové, assim como no do ex-presidente Pere Aragonès, possivelmente acessado através de mensagens de texto com conteúdo malicioso.
Participação da Ex-Diretora e Reconhecimento do Espionagem
Ainda que três investigações mencionem Esteban, até o momento, ela apenas compareceu como investigada em um caso, onde não fez declarações. Durante uma audiência reservada no Congresso, estourou o assunto sobre os 18 líderes independentistas que foram alvos de espionagem, incluindo Aragonès, que teve seu telefone grampeado com a autorização de um juiz do Supremo, responsável por supervisionar as operações que infringem direitos fundamentais.
Gravações e Repercussões Legais
Embora o Governo nunca tenha confirmado a vigilância sobre Jové e Riba, a implicação de Esteban se tornou mais concretizada através de um advogado, que argumentou que as semelhanças nos casos de espionagem de diferentes líderes independentistas indicam que o CNI pode ser o único cliente na Espanha do NSO, sugerindo que eles possam ser os responsáveis pela infecção de vários dispositivos afetados. A audiência nacional expressou que elementos como "o mesmo programa, a mesma técnica e o mesmo domínio" fornecem fundamentos suficientes para essas alegações.
Expectativas para o Futuro da Investigação
A espera pela declaração de Paz Esteban e o desdobramento do caso Pegasus levantam questões críticas sobre a privacidade e a segurança na era digital, impactando não apenas os envolvidos, mas também o debate político em curso sobre os limites da ação do Governo em relação às comunicações pessoais.