Meta, a gigante da tecnologia, está se preparando para dar um grande passo em sua infraestrutura de inteligência artificial com a construção de dois novos data centers. O projeto, anunciado por Mark Zuckerberg, inclui o supercluster Hyperion, que será instalado em Louisiana, e o data center Prometheus em Ohio, previsto para ser inaugurado em 2026.
Estes centros têm como objetivo garantir que a Meta mantenha sua competitividade na intensa corrida pelo domínio da inteligência artificial, enfrentando gigantes como OpenAI, Anthropic e Google DeepMind. O Hyperion, em particular, se destaca por sua impressionante capacidade de até 5 gigawatts (GW), um marco que demonstra a ambição da empresa em expandir a sua capacidade computacional.
Zuckerberg divulgou os detalhes dos projetos em uma postagem no Threads, informando que a área do Hyperion será comparável à maior parte da ilha de Manhattan. Essa expansão se torna ainda mais significativa considerando que a Meta já havia anunciado um centro de 2 GW na mesma região em 2024, reforçando seu compromisso em investir pesadamente em infraestrutura de IAs avançadas.
A iniciativa não se resume apenas à construção física dos data centers. A Meta também está em busca de atrair os melhores talentos do setor, tendo contratado nomes influentes, como Alexandr Wang, da Scale AI, e oferecendo pacotes atrativos para cientistas e engenheiros que possam contribuir em seu projeto de superinteligência.
Contudo, esses dois superclusters levantam preocupações sobre o impacto ambiental associado ao alto consumo de energia. Para se ter uma ideia, um data center de 5 GW pode consumir energia suficiente para abastecer milhões de residências. Em algumas localidades próximas a centros de dados da Meta, já foram registrados problemas de escassez de água potável, enquanto em regiões como o Texas, a energia consumida por novas instalações pode dobrar o consumo total da cidade.
Essas questões têm atraído a atenção do governo federal dos EUA. Chris Wright, Secretário de Energia, destacou que é imprescindível que o país lidere a próxima fronteira em tecnologia e energia: a inteligência artificial. Especialistas em energia preveem que os data centers podem representar até 20% do consumo total de eletricidade dos EUA até 2030, um aumento considerável em comparação aos 2,5% registrados em 2022.