O Brasil se encontra à beira de uma aprovação apressada do Projeto de Lei 2.159/2021, que altera significativamente o licenciamento ambiental, gerando temores de devastação. A votação, que pode ocorrer remotamente, contempla parlamentares distraídos pelas férias e pode prejudicar a atuação do líder da Câmara, Hugo Motta, em um tema tão sensível, especialmente com a COP 30 se aproximando.
O PL 2.159, amplamente chamado de "PL da devastação", visa desmantelar o licenciamento ambiental vigente, criando brechas perigosas que podem propiciar a degradação ambiental. Há grande preocupação com a possibilidade desta votação ser realizada de forma acelerada, num momento em que o foco deveria estar na discussão minuciosa de um tema de tal relevância. Uma votação precipitada prejudicaria a imagem de Hugo Motta, que estrearia sua gestão nesta área em um cenário tão polêmico, além de ser observada com vigilância pelo público.
A pressão internacional sobre o Brasil, especialmente em relação ao endurecimento da política tarifária dos Estados Unidos, agrava ainda mais a situação. A sociedade está alarmada com as possíveis consequências econômicas dessa taxação, enquanto no Congresso a prioridade parece ser acelerar a votação do PL 2.159, que pode impactar não apenas o meio ambiente, mas também os compromissos diplomáticos do Brasil e as relações comerciais com outros países.
Diante da iminência da COP 30, marcada para ocorrer em Belém dentro de quatro meses, seria prudente que Hugo Motta reconsiderasse e adiasse a votação do PL. Essa decisão permitiria que a sociedade participasse efetivamente do debate sobre a legislação ambiental, garantindo uma discussão abrangente e responsável. A aprovação de uma mudança tão drástica e potencialmente prejudicial não deve ser realizada sem a devida participação popular e análise cuidadosa.
Além dos efeitos diretos sobre o meio ambiente, a aprovação do PL 2.159 poderia resultar em um enfraquecimento dos acordos internacionais estabelecidos pelo Brasil, complicando sua posição nas discussões globais sobre sustentabilidade e conservação ambiental. Portanto, o apelo feito por diversos grupos sociais e ambientais é para que haja um diálogo aberto e um tempo adequado para avaliação do tema, evitando decisões precipitadas que possam ter repercussões sérias no futuro do país.