Uso de ônibus como barricada em Madureira
A tenente-coronel Cláudia Moraes, porta-voz da Polícia Militar, denunciou o uso de ônibus para bloquear a ação policial em Madureira, Zona Norte do Rio. Ela declarou que essa é uma estratégia covarde de bandidos para dificultar a atuação da corporação. Até a última atualização, 14 ônibus foram utilizados como barricadas nas ruas do bairro.
Em entrevista ao RJ1, Moraes ressaltou a gravidade da situação, revelando que houve um confronto com o Bope na área de mata, onde um suspeito foi ferido por um tiro de fuzil e encaminhado ao Hospital Carlos Chagas. "Este tipo de agir é uma tentativa desesperada dos criminosos, que mandam moradores e associados do tráfico para as ruas como forma de interferir nas operações policiais. Estamos conscientes e essa estratégia não terá sucesso", afirmou.
Interdições e confrontos
Os ônibus foram colocados em pontos estratégicos, como na movimentada Avenida Edgard Romero, que foi interditada em ambos os sentidos, refletindo a tensão do momento. Moraes disse que a "baderna" é um sinal de que a polícia está próxima de atingir um alvo importante para os traficantes.
Operações contínuas no Morro da Serrinha
A corporação está realizando operações contra o tráfico de drogas no Morro da Serrinha desde domingo, 13 de outubro. Segundo Moraes, os criminosos estão utilizando a vegetação densa para monitorar as atividades da polícia e também para fugir do seu alcance.
A PM descobriu uma construção usada como casamata, que oferece proteção e suporte para o armazenamento de armas. "O Bope encontrou, em uma área de mata, um abrigo camuflado que os bandidos usam para se esconder e realizar ataques", explicou a porta-voz da PM.
Implicações e desafios para a segurança pública
A situação no Morro da Serrinha exemplifica os desafios contínuos enfrentados pela Polícia Militar no combate ao tráfico de drogas nas favelas do Rio. As operações têm mostrado resultados, mas a resistência dos criminosos e suas estratégias de defesa, como o uso de ônibus como barricadas, representam um enorme obstáculo para o avanço da lei no bairro.
“Essa estratégia covarde é uma tentativa desesperada dos criminosos para atrapalhar nosso trabalho”, afirmou Cláudia Moraes.
A situação é monitorada de perto pelas autoridades, que buscam reverter o quadro de violência e restabelecer a ordem na região.