A Tijuca, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, vivenciou um aumento alarmante nos índices de criminalidade em 2024. Os roubos de carros na região dispararam em 120%, totalizando 441 ocorrências, em comparação com 200 no ano anterior. Além disso, assaltos em ônibus também registraram um aumento significativo de 76%, com 53 queixas, segundo dados do Mapa do Crime, uma ferramenta interativa do jornal O GLOBO que abrange 147 bairros da capital.
O Mapa do Crime traz um panorama detalhado dos delitos na cidade, focando em diferentes tipos de violência, como roubos de celulares, transeuntes, veículos e coletivos. Neste cenário preocupante, a Tijuca destaca-se não só pelo aumento nos roubos de veículos, mas também pelo aumento de 29% nos roubos de celulares, contabilizando 581 casos, frente aos 449 do ano anterior. Curiosamente, os roubos a transeuntes permaneceram estáveis, com 525 ocorrências em 2024, em comparação a 526 no ano anterior.
Desenvolvido para melhor informar a população sobre a dinâmica da violência, o Mapa do Crime utiliza dados coletados de mais de 250 mil registros de ocorrências, disponibilizados através da Lei de Acesso à Informação com o Instituto de Segurança Pública (ISP). Essa ferramenta é inovadora, pois pela primeira vez informações sobre índices criminais no Rio são apresentadas com tal nível de detalhamento, possibilitando uma compreensão mais clara da criminalidade em diversas áreas.
A iniciativa do GLOBO busca empregar inteligência artificial na análise desses dados, oferecendo uma aplicação que visa ajudar os leitores a entender não apenas a frequência dos crimes, mas também seus contextos e impactos nas comunidades. A produção de conteúdo envolvendo o uso do Irineu, como foi denominada a ferramenta, é supervisionada por um corpo de jornalistas, assegurando a qualidade e veracidade das informações apresentadas.
Com esses resultados alarmantes, a Tijuca se junta a outras áreas da cidade que também apresentam altas preocupantes em criminalidade, tornando imperativa uma discussão mais ampla sobre como as autoridades e a sociedade civil podem agir para reverter esses índices e garantir a segurança dos moradores e frequentadores da região.