A Federal Communications Commission (FCC) aprovou a aquisição de $8 bilhões da Paramount Global pela Skydance, impondo condições relevantes sobre o conteúdo da nova companhia. Esta decisão ocorre em um momento em que a confiança do público na mídia nacional tradicional é crescente, segundo o presidente da FCC, Brendan Carr.
Em sua declaração, Carr destacou que a Skydance se comprometeu a garantir uma “diversidade de opiniões” nos programas, abrangendo uma ampla gama de perspectivas políticas e ideológicas. A aprovação da fusão é particularmente significativa, já que acontece semanas após a Paramount aceitar pagar $16 milhões para resolver um processo movido pelo ex-presidente Donald Trump.
O acordo entre Paramount e Trump surgiu após um episódio do "60 Minutes" em que ele alegou edição enganosa. Como parte das condições impostas pela FCC, a Skydance também concordou em nomear um ombudsman por pelo menos dois anos para investigar e relatar queixas de viés na programação. Detalhes sobre o funcionamento desse ombudsman ainda não foram especificados.
Críticos, incluindo a senadora Elizabeth Warren, questionaram se a Paramount teria cedido às pressões de Trump para conseguir a aprovação da fusão. Entidades de comunicação acreditam que o acordo com Trump deve ter influenciado positivamente a fusão, levando à sua aprovação por parte do conselho da Paramount Global.
Esta fusão, agora chamada de "Nova Paramount", encerra um processo tumultuado de negociações. O anúncio da aprovação seguiu o recente cancelamento do programa "The Late Show With Stephen Colbert" pela CBS, o que gerou debates sobre suas implicações políticas e decisões financeiras. A CBS alegou que tal cancelamento foi uma decisão estritamente financeira.
Com as mudanças prometidas pela Skydance, o futuro do conteúdo produzido por esta nova entidade pode indicar uma nova era de produção mais equilibrada e diversificada, embora muitos permaneçam céticos quanto à sua implementação real.
