Nesta sexta-feira, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, tornou Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, réus por fraude em apostas esportivas. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) anunciou que recorrerá para que tanto Bruno quanto outros sete acusados enfrentem também a acusação de estelionato. A decisão, que ainda não tem data marcada para julgamento, ignora outros trechos da denúncia.
⚽ O MPDFT alega que Bruno Henrique teria agido de forma deliberada para receber um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, realizada em novembro de 2023, no Estádio Nacional Mané Garrincha. O juiz analisará o recurso, enquanto Bruno e Wander também têm direito de contestar a acusação inicial.
“A investigação policial apresentou elementos que indicam que o denunciado Bruno Henrique, de forma deliberada, teria atuado de forma intencional de modo a ser punido com cartão na partida questionada e que Wander Nunes teria contribuído para a ação do irmão ao incentivá-lo a agir de tal maneira, objetivando angariar com isso alguma vantagem financeira”, destacou o juiz Barbagalo em seu despacho. A denúncia foi fundamentada na Lei Geral do Esporte.
Em um desdobramento significativo, o juiz Barbagalo rejeitou o pedido do MP para impor medidas cautelares a Bruno e Wander, como fiança de R$ 2 milhões e proibições relativas a apostas. Ele argumentou que faltou a condição legal para o prosseguimento da denúncia por estelionato: a representação formal das vítimas, que neste caso são as casas de apostas envolvidas.
A investigação indica que Bruno Henrique teria avisado a Wander sobre sua intenção de provocar um cartão amarelo e, a partir daí, Wander incentivou o plano e passou a informação para terceiros, permitindo que apostassem em diversas plataformas. Essa movimentação suspeita de apostas fez com que as casas bloqueassem pagamentos.
O caso envolve, além de Bruno e Wander, outros sete suspeitos, todos denunciados por práticas de fraude a eventos esportivos e estelionato. Com essa abertura, o MPDFT buscará que mais réus sejam incluídos nas acusações, ampliando o escopo da investigação.