A disputa pelo controle da Eagle, empresa que possui a SAF do Botafogo, se intensifica com a aproximação entre John Textor e o bilionário grego Evangelos Marinakis. Recentemente, Textor buscou a ajuda do proprietário do Nottingham Forest para financiar sua proposta de recompra das ações do Botafogo, visando desvincular o clube da rede que criou. Desde 2024, os dois empresários movimentaram mais de R$ 700 milhões em transações reforçando sua parceria no mercado de jogadores.
Textor, que mantém uma amizade com Marinakis desde 2024, agora conta com o apoio ativo do grego nas negociações. Este apoio é fundamental, pois o magnata também é dono do Olympiacos, da Grécia, e do Rio Ave, de Portugal. Em um contexto onde a Ares Management, fundo que já financiou Textor, busca um modo de afastá-lo do seu comando, o bilionário grego se torna uma peça chave nas tratativas.
Durante a crise, Textor propôs aos acionistas, incluindo a Ares, sua intenção de recomprar o Botafogo. A Ares Management, que ajudou na compra do Lyon por Textor, ainda espera o pagamento de uma dívida que gira em torno de US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,8 bilhões). A incapacidade de Textor de regularizar sua situação financeira com o fundo o colocou em uma posição vulnerável, fazendo com que ele desejasse transferir o Alvinegro para uma nova empresa em Ilhas Cayman e proteger o clube de possíveis disputas.
O relacionamento entre Textor e Marinakis também esteve marcado por algumas transações polêmicas, como a transferência do goleiro Matt Turner, que gerou discussão na França. O acordo, de 8 milhões de euros, foi imposto por Marinakis, que não permitiu o cancelamento da operação pela nova gestão do Lyon. O impacto dessa parceria se reflete não apenas no Botafogo, mas também na influência de Marinakis no futebol brasileiro.
"Eu gosto do Marinakis. Há muita conversa sobre nós nos unirmos porque nosso relacionamento começou no Brasil. Ele é um dono diferente, muito passional. Tenho muita coisa em comum com esse estilo", afirmou Textor. Ele expressou a intenção de continuar a estruturação da relação com Marinakis, que deverá se aprofundar nas próximas negociações.
Além disso, Marinakis já demonstrou interesse em investir em outras áreas, tendo assinado um memorando para investir na base do São Paulo. Assim, sua entrada como novo credor de Textor poderá ser uma solução para os desafios financeiros enfrentados pelo americano.
O desenrolar dessa situação é crucial não apenas para o Botafogo, mas também para o futuro de Textor dentro da estrutura da Eagle Football Holdings. Se conseguir consolidar a recompra das ações, o Botafogo poderá seguir seu caminho independentemente das disputas internas que afetam sua gestão.