A Intel está se preparando para desafiar a AMD no mercado de PCs portáteis, apostando em seus chips de próxima geração para competir efetivamente na indústria de games. Recentemente, informações vazadas indicaram que o desempenho dos novos modelos de Intel se mostra promissor, especialmente considerando a crescente demanda por dispositivos portáteis de alto desempenho.
O ponto de partida dessa competição é o MSI Claw 8 AI+, um handheld que, apesar de seu custo elevado e design robusto, entregou um desempenho notável, mesmo utilizando um chip não projetado especificamente para dispositivos portáteis. A tendência de integrar um foco maior em jogos nos próximos chips da Intel pode ser a chave para reverter a situação da marca, que vem enfrentando dificuldades no mercado.
Com a aparição do MSI Claw A8, a segunda geração deste modelo, a expectativa cresceu ainda mais. Este novo dispositivo é alimentado pelo AMD Ryzen Z2 Extreme, um chip que tem gerado grande expectativa desde o seu anúncio, mas que até o momento não teve seu potencial totalmente demonstrado. As informações obtidas nas redes sociais mostram que, em comparação aos chips Intel, o AMD Z2 se mostra ligeiramente superior em determinados títulos, mas a diferença de desempenho não é tão significativa, levando em conta que o chip da Intel não foi projetado para esse tipo de aplicação.
Segundo benchmarks vazados, os resultados apontam que o Intel Core Ultra 258V, utilizado no MSI Claw 8 AI+, conseguiu desempenhar de maneira similar ao AMD Ryzen Z2 Extreme. Em títulos populares como "Far Cry 6" e "Hitman 3", os dois chips apresentaram desempenhos quase equivalentes, embora o Ryzen tenha obtido alguns frames por segundo a mais em testes específicos de jogos.
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As análises mais detalhadas revelam que o Ryzen Z2 Extreme, embora tenha apresentado ganhos em benchmark sintéticos, não se mostrou uma verdadeira revolução em jogos, superando apenas em algumas ocasiões o desempenho do Z1 Extreme, seu predecessor. Embora tenha novas características e uma construção baseada na arquitetura Zen 5, a real eficácia do Z2 Extreme em jogos populares não foi substancialmente melhor.
Por outro lado, a Intel está apostando em sua nova linha de chips, chamados de Lunar Lake, que promete um salto qualitativo em termos de poder gráfico, com uma maior contagem de núcleos gráficos em sua próxima geração denominada Panther Lake. De acordo com vazamentos recentes, esses novos chips deverão apresentar 50% mais núcleos gráficos, o que pode se traduzir em melhorias significativas de desempenho, especialmente se a Intel conseguir alinhar sua arquitetura ao poder de processamento gráfico necessário para jogos portáteis.
Ainda resta uma dúvida: conseguirá a Intel lançar um handheld que realmente concorra no mercado, e mais especificamente, um dispositivo que leve o selo "Intel Inside"? Os próximos meses serão cruciais, considerando que o Lenovo Legion Go 2 e o Asus ROG Xbox Ally X já incorporarão o Z2 Extreme, enquanto a compatibilidade do SteamOS, que se apresenta como uma alternativa mais eficaz a Windows para dispositivos portáteis, ainda se limita às APUs Ryzen da AMD. Com um longo caminho pela frente, a Intel precisa fazer um movimento decisivo em breve para impedir que a AMD ganhe terreno.