Os sócios do Corinthians estão reunidos para decidir o futuro do presidente afastado Augusto Melo, que pode resultar em sua destituição neste sábado (09). A assembleia geral acontece no ginásio Wlamir Marques, localizado na sede social do clube em São Paulo, e a votação se estenderá até às 17h (horário de Brasília). O resultado deverá ser divulgado dentro de duas horas após o encerramento da votação.
Melo foi afastado em 26 de maio após uma decisão do Conselho Deliberativo, que aprovou o pedido de impeachment com 176 votos a 57. As acusações que pesam contra ele estão ligadas a irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet, que foi cancelado após a suspeita de desvio de recursos. Apesar das acusações, o dirigente nega qualquer crime, alegando perseguição política.
Apenas sócios maiores de idade que estejam associados há mais de cinco anos e que estejam com as mensalidades em dia têm direito a voto nesta assembleia. O Corinthians conta com cerca de 10 mil sócios aptos, mas espera que entre dois mil e três mil compareçam para votar. O processo eleitoral é realizado por meio de cédulas de papel que são depositadas em urnas no ginásio. Os associados devem apresentar a carteira social e um documento de identidade com foto para acesso, que se dá pela Galeria Principal, na Rua São Jorge, após conferência de biometria digital.
Se a maioria dos votos for favorável ao impeachment, Melo perderá o cargo, que deve durar até dezembro de 2026. O presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr., terá 30 dias para convocar uma eleição indireta no Conselho Deliberativo, embora exista expectativa de agilidade no processo. Caso a maioria rejeite a proposta, Melo reassumirá imediatamente a presidência do clube.
O Parque São Jorge está acessível apenas a sócios durante a votação, sem permissão de convidados, e as atividades esportivas do clube seguem normalmente para não votantes. Está proibido qualquer tipo de manifestação política, distribuição de material de campanha e uso de vestuário que possa ofender os dirigentes ou a instituição.
O pedido de afastamento de Melo foi feito pelo grupo Movimento Reconstrução SCCP, que reuniu 86 assinaturas de conselheiros, predominantemente opositores. Além do caso do VaideBet, que já o levou a ser réu por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado, o dirigente responde a mais três pedidos de destituição na Comissão de Ética. Outros envolvidos nas investigações incluem o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura, o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano e Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, apontado como intermediário no contrato.