Ainda que tenha investido bilhões, a Meta não conseguiu entregar um app de IA satisfatório, enfrentando uma série de críticas por parte de usuários e acionistas. O aplicativo, lançado em abril de 2025, foi uma adição tardia ao mercado de inteligência artificial, competindo diretamente com o ChatGPT da OpenAI, que se consolidou como a principal referência no setor.
Uma das principais reclamações é a aparência de um produto em fase de protótipo, com usuários relatando interações estranhas, bugs recorrentes e informações imprecisas, fenômeno conhecido como "alucinação" no jargão da IA. O feed de descoberta, que deveria inspirar conversas e exibir usos criativos do IA, frequentemente apresenta imagens desatualizadas geradas por usuários, prejudicando a dinâmica do aplicativo.
Criticas expressas em redes sociais, como a popular postagem no Reddit denominada "Quem odeia o Meta AI?", acumulam milhares de interações negativas, evidenciando o descontentamento. Como resposta, porta-vozes da empresa afirmam que o app ainda está em desenvolvimento e que atualizações estão a caminho, com a Meta apostando na contratação de especialistas renomados para avançar nesse campo.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, descreve sua visão de IA como uma "superinteligência pessoal" que deveria capacitar os usuários, não meramente oferecer entretenimento. Contudo, as limitações atuais, incluindo a falta de memória das interações passadas, colocam em dúvida a funcionalidade do app como assistente pessoal.
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Muitas vezes, as respostas do aplicativo são inconsistentes, e sua capacidade de criar conteúdo pode resultar em imagens e textos inaceitáveis. O dilema da Meta entre automação e moderação tem dificultado o progresso na apresentação de uma ferramenta confiável e útil. A empresa está ciente de sua responsabilidade, uma vez que as promessas de um futuro alimentado por IA, em que os usuários se tornam mais empoderados, ainda são meras aspirações.
À medida que a Meta continua a investir em tecnologia de IA, a expectativa está na capacidade de transformar um aplicativo em crise em um assistente pessoal confiável, capaz de atender às demandas do usuário, ou se será apenas mais uma lição sobre os riscos de uma implementação rápida demais.