No contexto do polêmico caso envolvendo o jogador Bruno Henrique, o jornalista Juca Kfouri levantou sérias questões sobre a suposta influência do Flamengo no Tribunal de Justiça. Durante o programa Posse de Bola, veiculado no canal do UOL, Kfouri ressaltou que a lentidão na decisão do caso se dá por uma "injustificável" proteção ao clube carioca.
"Ele está indiciado já faz um bom tempo. A Justiça comum tem o seu tempo, natural. Agora, esse caso está indo para as calendas (algo que nunca acontecerá)" afirmou Kfouri. O jogador, que se tornou réu em um processo por suspeitas de manipulação em apostas esportivas, continua jogando apesar das acusações, levantando questionamentos sobre a equidade nas decisões da Justiça Esportiva.
O debate acirrou-se entre os integrantes do programa, onde o jornalista Danilo Lavieri lembrou que, em situações semelhantes, como um caso em Goiás, jogadores envolvidos foram afastados preventivamente até o desfecho das investigações. "No caso do Bruno Henrique, além da demora, ele está jogando. Por que um foi afastado e o outro continua atuando?", questionou Lavieri.
Bruno Henrique marcou um gol decisivo na última partida do Flamengo contra o Internacional, mas sua situação continua gerando discussões acaloradas entre torcedores e comentaristas. Durante a transmissão do jogo, muitas pessoas expressaram preocupações sobre o tratamento da mídia frente à situação do atacante, em especial a forma como a Globo se referiu ao jogado.
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Além dos comentários sobre o clima atual, o debate incluiu menções a outros jogadores, com destaque para Tiago Maia, que deixou o Flamengo e está no Internacional, numa negociação polêmica. O comentarista Mauro Cézar Pereira apontou que "é evidente que Bruno deveria ter sido julgado" e criticou a falta de discussão sobre o tema até que o jogador se destacasse na partida.
Respondendo às críticas, Kfouri reafirmou sua posição: "Está claro que o Flamengo tem influência na Justiça para evitar o julgamento de Bruno Henrique". Ele mencionou a situação de outros jogadores e a disparidade na forma como casos são tratados, ressaltando que "se fosse um clube menor, as consequências seriam diferentes".
Por fim, Mauro Cézar ponderou: "Existem casos e casos. Há jogadores que confessam, enquanto Bruno Henrique nega as acusações. Pode haver interferência do Flamengo, mas não posso afirmar sem provas." O caso provoca intensa reflexão sobre a relação entre clubes e Justiça no Brasil, e o seu desfecho ainda é aguardado com expectativa.