O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está organizando uma série de ligações telefônicas com importantes líderes internacionais, incluindo Emmanuel Macron da França, Friedrich Merz da Alemanha, Ursula von der Leyen da Comissão Europeia e Cyril Ramaphosa da África do Sul. O objetivo dessas conversas é reforçar a importância do multilateralismo no atual panorama econômico global, especialmente em resposta às tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Essa iniciativa se soma aos diálogos que Lula já manteve com líderes como Xi Jinping da China, Narendra Modi da Índia e Vladimir Putin da Rússia. Durante esses contatos, o presidente brasileiro tem enfatizado a união dos países dentro do BRICS e do G20 na busca por uma resposta eficaz aos desafios econômicos contemporâneos e na promoção da paz mundial.
A agenda de Lula inclui uma participação prevista em uma reunião virtual do BRICS, que ocorrerá em setembro. Este grupo econômico é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e tem como propósito discutir estratégias conjuntas em face das tarifas comerciais que têm sido impostas, afetando especialmente esses países.
Recentemente, Lula teve reuniões significativas por telefone com Xi Jinping, onde, em uma conversa de uma hora, eles abordaram a situação internacional atual e os esforços de paz relativos ao conflito entre Rússia e Ucrânia. No contato com Putin, que ocorreu em duas ocasiões em um curto espaço de tempo, Lula ficou atualizado sobre conversas entre o líder russo e o presidente Trump.
As comunicações entre Lula e Modi também trouxeram à tona a preocupação com as novas tarifas dos Estados Unidos, que podem atingir até 50%. Durante a conversa, que teve duração similar aos outros diálogos, ambos os líderes reafirmaram a necessidade de defender o multilateralismo e buscar uma maior integração entre Brasil e Índia, criando uma frente unificada contra as medidas protecionistas.
A ação do presidente Lula representa uma tentativa clara de mobilizar esforços diplomáticos para enfrentar e mitigar os impactos negativos das polícias comerciais do governo Trump, ao mesmo tempo que busca fomentar um ambiente de cooperação maior entre as nações afetadas por essas tarifas.