John Textor Nega Aquisição da SAF do Botafogo
Na noite de terça-feira, o empresário John Textor comunicou à imprensa que as notícias referentes à aquisição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo são infundadas. Em seu pronunciamento, Textor enfatizou que ainda não há um cronograma definido para a recompra da SAF e indicou que o club pode continuar sob a rede multi-clubes da Eagle Football.
Especulações Sobre a Venda
Textor disse que "notícias sobre um cronograma específico para a realização de uma oferta de aquisição não são verdadeiras". Ele destacou que conversas produtivas estão ocorrendo dentro da Eagle para resolver divergências entre os acionistas e traçar uma nova estratégia de negócios. O executivo também reforçou que a recompra pela gestão é apenas uma das opções consideradas neste contexto.
Especulação e Desinformação
"A especulação de terceiros, que têm suas próprias agendas, é contraproducente", afirmou Textor. Ele pediu cautela em relação a informações não verificadas, alertando que quem não cita fontes confiáveis não deve ser acreditado. Ele ainda reiterou a intenção da Eagle e da SAF do Botafogo em manter uma temporada bem-sucedida em 2025.
Litígios e Ações Judiciais
Recentemente, os advogados da SAF do Botafogo protocolaram uma ação na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O objetivo é impedir que uma liminar da Eagle suspensa ações recentes tomadas por Textor. A defesa argumenta que o empresário possui o direito de tomar decisões relativas à empresa, mesmo em meio à disputa com outros acionistas.
Desafios na Gestão do Botafogo
Observando a situação mais ampla, o Botafogo passa por um período conturbado, com ações judiciais e um processo de revenda em andamento. Apesar de Textor ser reconhecido como o proprietário da SAF do Botafogo, sua influência operacional é limitada, o que impacta a gestão do clube. O empresário já foi destituído da presidência do Lyon após a equipe enfrentar problemas financeiros e ficar ameaçada de rebaixamento.
As relações entre Textor e sua gestão no Lyon não são favoráveis, e ele terá que lidar com a necessidade de se desvincular do Botafogo para que a situação se normalize.
A Situação Atual e o Papel da Eagle
Com as recentes movimentações da Ares, uma das empresas que financiou a compra do Lyon, a expectativa é que Textor recompre suas ações do Botafogo. No entanto, essa transação esbarra em um conflito de interesse, visto que ele possui interesses em ambas as partes. A Eagle Football, sob a liderança de Textor, enfrenta resistência por parte dos sócios, que acreditam que a melhor solução seria buscar um investidor externo para o Botafogo.
Protagonismo do Clube Social
O clube social e funcionários também estão na expectativa de proteger os interesses de Textor e impedir ações que possam desfavorecê-lo. João Paulo Magalhães, presidente do clube social, é um defensor de Textor e tem expresso sua posição em reuniões com representantes da Eagle. Ele acredita que para qualquer mudança na gestão da SAF, é necessário o consórcio de conselheiros do Botafogo, o que complica ainda mais o cenário atual.
Petróleo em Fogo
Embora a Eagle Football não se oponha à venda do Botafogo, ela acredita que não é a hora correta para negociar com Textor enquanto ele ainda detém as duas partes envolvidas nas transações. O temor de alegações de fraude acionárias está presente na mesa de negociação, o que gera um clima de incerteza e pressão no Botafogo.