O ator Rodrigo Santoro foi homenageado com o Kikito de Cristal durante a cerimônia de abertura do 53º Festival de Cinema de Gramado, que ocorreu no dia 15 de agosto de 2025. Emocionado, Santoro declarou: ‘É a primeira vez que recebo um reconhecimento desses no Brasil’, ressaltando o significado especial dessa conquista em sua carreira.
A homenagem incluiu a gravação de seu nome em uma placa de cimento na famosa Calçada da Fama de Gramado, um local que celebra ícones do cinema nacional. O ator foi o centro das atenções, com o público se aglomerando nas proximidades do Palácio dos Festivais, onde fãs gritavam seu nome ao longo do tapete azul, que neste ano foi escolhido em homenagem ao filme 'O Último Azul', premiado no Festival de Berlim.
Ao receber o prêmio, Santoro subiu ao palco e, com um tom de descontração, explicou que utilizaria o celular para ler seu discurso, dizendo: ‘Eu tinha memória, mas troquei por duas filhas’, uma referência bem-humorada à sua vida familiar. Ele também expressou seu apreço pelo Festival de Gramado, destacando sua importância para o cinema brasileiro e latino-americano: ‘O festival há tantos anos enaltecendo os nossos talentos e dando espaço para a nossa arte’.
Em sua fala, o ator frisou que o Kikito de Cristal não simboliza apenas seu trabalho, mas também o esforço coletivo de todos que o acompanharam em sua trajetória. "São muitas emoções, um filme passa na minha cabeça, e eu não tenho vergonha de me emocionar”, confessou, visivelmente tocado.
Além disso, Santoro comentou sobre o filme que homenageia o festival. 'O Último Azul' é uma produção ambientada na Amazônia, seguindo a história de Tereza, uma mulher de 77 anos, que tem uma última semana de liberdade antes de ser transferida para uma colônia habitacional para idosos. No desenrolar da trama, Tereza encontra o personagem de Santoro, um barqueiro cujas expectativas e sonhos foram frustrados, e essa troca de experiências reflete o direito humano de sonhar e redescobrir a vida.
Assim, a homenagem a Santoro não apenas celebra sua contribuição ao cinema, mas também enriquece a discussão sobre as narrativas humanas presentes na obra 'O Último Azul', enfatizando temas como liberdade e solidariedade.