Raízen registra valorização de 16% após rumores sobre investimento da Petrobras
As ações da Raízen tiveram uma expressiva alta de 16% após a divulgação de que a Petrobras estuda a possibilidade de um investimento na empresa, avaliando alternativas que incluem uma parceria ou a aquisição de ativos. Esse movimento representa um retorno da Petrobras ao setor de etanol, onde já havia posicionado sua estratégia anteriormente. Apesar de uma considerável desvalorização de 44% observada em 2025, o aumento recente de valor alavanca a capitalização da Raízen.
Impulsionamento das ações no Ibovespa
No pregão desta segunda-feira, as ações da Raízen lideraram o índice Ibovespa, encerrando no patamar de R$ 1,15, após registrar um máximo de R$ 1,21 e um avanço de 10,58%. O volume financeiro das negociações saltou para R$ 62,7 milhões, o que representa um aumento de 65% comparado ao dia anterior. Esses números refletem a reação do mercado à potencial movimentação da Petrobras dentro do setor de etanol.
Análise do mercado e as expectativas futuras
Em um recente relatório da Ativa Investimentos, a visão sobre uma possível colaboração com a Petrobras é considerada otimista, trazendo novas perspectivas tanto em termos de crédito quanto na operação da Raízen. A proposta de parceria foi interpretada como uma estratégia promissora, com o relatório mencionando: “...a sinalização mostra que a companhia tem alternativas para reforçar sua estrutura de capital e buscar uma virada operacional”.
A Raízen e seu papel no setor de etanol
A Raízen, resultado da joint venture entre Cosan e Shell, se destaca como uma das principais produtoras de etanol no Brasil, sendo pioneira na produção de etanol de 2ª geração em nível comercial. A empresa opera 29 usinas e também se envolve na distribuição de combustíveis sob a bandeira Shell em diversos países da América do Sul, contando com mais de 8 mil postos de venda.
Petrobras e sua estratégia no etanol
Fontes ouvindo pelo GLOBO indicaram que a Petrobras está interessada em se estabelecer como um jogador significativo no mercado de etanol, mas enfrenta desafios relacionados a cláusulas contratuais vigentes que limitam sua participação. A empresa busca maneiras de entrar na Raízen que cumpram as obrigações contratuais com a Vibra (anteriormente BR Distribuidora) até 2029. Diversas opções estão sendo avaliadas, incluindo a separação de ativos, mas a decisão definitiva ainda está pendente: “...ainda não há uma decisão tomada, pois há várias opções na mesa”.