Ação Judicial em Belo Horizonte
A defesa da adolescente de 15 anos, filha do gari Laudemir de Souza Fernandes, que foi assassinado pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, protocolou uma ação judicial que busca indenização por danos morais, pensão alimentícia e custeio de tratamento psicológico. Este crime ocorreu após uma discussão de trânsito, onde Renê, armado, disparou contra Laudemir. O caso chama atenção não apenas pela brutalidade do crime, mas também pela implicação da esposa do autor, a delegada Ana Paula Lamego Balbino, que possuía a arma utilizada no homicídio.
Detalhes da Ação
Na ação, a família da vítima solicita uma indenização no valor mínimo de R$ 500 mil, considerando o sofrimento psicológico que a jovem enfrenta após a perda do pai. Além disso, a defesa pede uma pensão alimentícia mensal de R$ 7.590,00, correspondente a cinco salários mínimos, até que a filha do gari complete o ensino superior e consiga um emprego. O tratamento psicológico da adolescente também é contemplado, com um pedido para que o custo das sessões semanais, estimadas em R$ 250, seja custeado por pelo menos dois anos, totalizando cerca de R$ 13 mil.
Responsabilidade da Delegada
Outro ponto importante na ação é a solicitação da responsabilização da delegada Ana Paula Lamego Balbino por negligência na guarda da arma. A defesa argumenta que, por estar sob sua posse, a arma deveria ter sido mantida em condições seguras, prevenindo que o empresário a utilizasse em um momento de raiva. Isso levanta questões sobre a responsabilidade legal em casos envolvendo agentes de segurança pública.
Situação Atual do Processo
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que o processo foi protocolado no dia 28 de agosto e atualmente está na fase inicial, sendo que o Ministério Público foi intimado a atuar como fiscal da ordem jurídica, uma ação padrão em processos que envolvem menores de idade.
Bloqueio de Bens
Ainda, em um outro movimento, a defesa havia pedido o bloqueio de até R$ 3 milhões em bens do empresário Renê e da delegada Ana Paula, como forma de garantir que uma futura indenização pudesse ser cumprida. Contudo, esse pedido foi negado pela Justiça, o que levanta questões sobre a proteção dos direitos da adolescente e a eficaz reparação do dano sofrido.
O desenrolar desta situação legal promete trazer desdobramentos significativos tanto para a família da vítima quanto para o sistema de justiça em casos de violência e implicações de agentes públicos.