Eunice Panopio, uma jovem empreendedora filipina que estudou marketing e comunicação na Austrália, construiu uma casa pequena no Batangas, nas Filipinas, financiando o projeto com suas economias e com o apoio de um sócio. O custo total foi de setecentos e cinquenta mil pesos filipinos, e as diárias variam entre sete mil e oito mil e quinhentos pesos, dependendo da temporada. A ideia nasceu enquanto ela cursava educação superior no exterior, e hoje a casa funciona como uma hospedagem no Airbnb.
Da ideia à construção: o terreno e o planejamento
Em dois mil e vinte e dois, Panopio levou a ideia adiante ao transformar o sonho em realidade na Filipinas. O terreno escolhido fica em Talisay, Batangas, um terreno de treze mil metros quadrados com vista para o Vulcão Taal e seu lago, região procurada por turistas. O local era propriedade de familiares de uma amiga que morava no exterior; eles concordaram com a ideia de Panopio construir ali. Ao projetar a casa, Panopio buscou inspiração em suas viagens, mas optou por usar móveis e materiais produzidos nas Filipinas e gerenciar a maior parte do projeto remotamente, enquanto estudava na Austrália.
Entre os desafios, a maioria dos empreiteiros orçava o custo em valores elevados, em milhões. A escolha recaiu sobre o que prometia concluir tudo por setecentos e cinquenta mil pesos filipinos, custo que incluía o acordo com o empreiteiro, já pago adiantado com o apoio de um conhecido da igreja de seu pai. O restante foi pago em parcelas nos meses seguintes, e a construção levou aproximadamente um mês.
“Eu pensei: espero conseguir fazer isso por mim, mas nunca tive os recursos,” Panopio afirmou.
Concretização e interior: como foi feito
A casa minúscula foi concluída em mais de um mês, em dois mil e vinte e três, com Panopio acompanhando grande parte do projeto remotamente a partir da Austrália e retornando apenas para supervisionar o design de interiores à medida que restavam trabalhos. O maior desafio foi instalar água e energia elétrica, que precisavam ser estendidas desde a estrada principal, a apenas uma caminhada de dois minutos.
O empreendimento fica em um lote de dezesseis mil pés quadrados e compreende dois edifícios conectados por uma passagem coberta. Um deles abriga o loft com uma cama king size para os hóspedes; o outro abriga o banheiro, com uma grande banheira circular emoldurada por janelas que proporcionam vista para a vegetação local. A casa utiliza madeira recuperada, com grande parte das espécies cedidas por carpinteiros locais de forma gratuita. “A beleza está nessas peças, especialmente as madeiras com cortes irregulares ou cores diferentes,” disse Panopio. As diárias variam entre sete mil e oito mil e quinhentos pesos e o pacote de estadia inclui jantar gratuito. A casa tem um design em estilo loft.
Em relação à experiência de hospedagem, Panopio observou a avaliação de quatro vírgula nove estrelas em quarenta e seis avaliações, ressaltando que a gestão não é apenas um rendimento passivo. “Mas percebi rapidamente que exigia mais trabalho do que eu esperava se eu quisesse que os hóspedes tivessem uma boa experiência,” afirmou. A comunicação com os hóspedes, o check-in e a manutenção exigem constante atenção.
“Agora que temos, às vezes as pessoas nem perguntam,” disse Panopio. “Elas vão lá para não usar a internet.”
Um espaço para desconectar e oportunidades futuras
O projeto de Panopio faz parte do movimento global de tiny houses, que ganhou impulso como estilo de vida e modelo de negócio. Em dois mil e dezenove, seis proprietários de tiny houses disseram à Business Insider que viver de forma tão compacta reduz as despesas com moradia e que alguns convertem essas casas em aluguéis quando viajam para ganhar renda extra. Mesmo diante de regulações em cidades como Nova Iorque e Barcelona, a Airbnb mantém presença na Ásia, com a casa de Panopio situada a poucos minutos do vulcão e de atrações locais, como parques e atividades náuticas. Um estudo encomendado pela Oxford Economics para a Airbnb estimou que a plataforma adicionou cento e treze bilhões de pesos filipinos ao PIB do país em dois mil e vinte e quatro.
Além de hóspedes que buscam fins de semana curtos, Panopio observa que muitos visitantes utilizam a proximidade com o vulcão para praticar Jet Skis no lago ou pescar, com opções de lazer próximas, incluindo parques de diversão. Ao planejar o design da casa, o objetivo inicial era torná-la “instagramável”; porém, a maioria dos hóspedes não costuma usar o celular durante a estadia. Durante os primeiros dezoito meses, a casa nem dispunha de internet, e os visitantes, inclusive, não reclamaram. “Agora que temos, às vezes as pessoas nem perguntam. Elas vão lá para não usar a internet,” repetiu Panopio, destacando a experiência de desconexão como parte do atrativo da hospedagem.
O caso de Panopio serve como referência para jovens filipinos que desejam empreender em setores criativos e de turismo, demonstrando que é possível combinar uma ideia de negócios com o estilo de vida de quem se desdobra entre estudos, freelancing e trabalhos temporários para viabilizar um sonho. Para quem quiser compartilhar uma história sobre construir um Airbnb ou uma casa dos sonhos na Ásia, o contato permanece com o repórter, que pode ser contatado pelo e-mail informado pela publicação.