Resumo atual: DST suspenso e sem previsão de retorno em 2025
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o horário de verão permanece em avaliação permanente, sem previsão de retorno neste ano. Segundo a pasta, estudos indicam que o sistema tem condições de atender a demanda energética até fevereiro do próximo ano, com os reservatórios em trajetória favorável. A discussão segue em curso, mas não há anúncio de reinício da adiantação dos relógios.
Historicamente, o horário de verão no Brasil funcionava do primeiro domingo de novembro até o terceiro domingo de fevereiro, com exceções nos anos em que o Carnaval coincidisse com o fim do período. A medida atingia os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mais o Distrito Federal; Norte e Nordeste ficavam de fora por apresentarem pouca variação de luminosidade ao longo do ano. A regra original está prevista no Decreto nº 6.558/2008, modificado em 2017.
O debate sobre a suspensão, iniciada em 2019 durante o governo federal anterior, foi motivado por estudos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que mostraram fracasso na economia de energia com a mudança de hábitos da população, que passou a ter pico de demanda principalmente à tarde, impulsionado pelo uso de ar-condicionado e refrigeração, em vez do início da noite.
Atualização recente aponta que as condições dos reservatórios são favoráveis e o Sistema Interligado Nacional (SIN) está em situação melhor que no ano anterior. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou, em reunião do CMSE realizada em 10 de setembro, estudos até fevereiro de 2026 que confirmam o pleno atendimento de energia, conforme destacado pela pasta a VEJA.
Apesar da posição atual, o MME deixa claro que a avaliação continua permanente. A agência não sinaliza um retorno imediato do horário de verão, destacando que decisões dependem de futuras avaliações de economia de energia e do comportamento do consumo nacional. A discussão, portanto, permanece aberta, sem prazo definido para o reinício da mudança de horário.
Contexto internacional e perspectivas: o Brasil já foi um dos poucos países tropicais a adotar o horário de verão, prática que existe também em nações como Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Paraguai, embora seja menos comum em regiões próximas à Linha do Equador. A decisão sobre o retorno dependerá de novos ganhos reais na economia de energia e do planejamento do sistema elétrico nos próximos meses.