Thiago Silva completa 41 anos e lidera o Fluminense em momentos decisivos desde o retorno ao Brasil em dois mil e vinte e quatro, buscando reafirmar sua influência no futebol nacional e abrir caminho para uma possível convocação à seleção brasileira. A trajetória recente do capitão tricolor tem sido marcada por celebrações, desafios e decisões que ficaram para a história.
Apresentação apoteótica no Maracanã
Em junho de dois mil e vinte e quatro, o zagueiro foi recebido com uma festa digna de ídolo no Maracanã. Mais de cinquenta e cinco mil torcedores marcaram presença na noite que entrou para a história: foi o maior público já registrado em apresentação de jogador no futebol brasileiro. O evento contou com show do Sorriso Maroto e coroou o retorno do zagueiro após dezesseis anos longe das Laranjeiras.
A luta contra o rebaixamento
O retorno ocorreu em um momento extremamente desafiador. Depois de conquistar a Libertadores em dois mil e vinte e três, o Fluminense vivia um Brasileirão complicadíssimo em dois mil e vinte e quatro, com apenas uma vitória em onze jogos. A chegada de Thiago coincidiu com a saída de Fernando Diniz e a troca por Mano Menezes. Com liderança dentro e fora de campo, o capitão ajudou o Flu a escapar do rebaixamento na última rodada, em vitória épica sobre o Palmeiras — que ainda sonhava com o título — dentro do Allianz Parque.
Reencontro com Renato Gaúcho
Poucos meses depois, Thiago reencontrou um velho conhecido: Renato Gaúcho, com quem havia conquistado a Copa do Brasil em dois mil e sete. Sob o comando do técnico, o zagueiro ganhou ainda mais protagonismo. No Mundial de Clubes, um pedido tático de Thiago foi prontamente atendido por Renato, num episódio que mostrou a confiança e a parceria entre os dois.
Protagonista no Mundial de Clubes
O Fluminense fez história ao chegar à semifinal do Mundial de Clubes da FIFA, e Thiago Silva foi eleito o melhor brasileiro da competição. O duelo contra o Chelsea, seu ex-time, teve sabor especial: o zagueiro viu seu nome ecoar não só entre os tricolores, mas também nas arquibancadas inglesas. “Seis meses atrás lutávamos contra o rebaixamento, e agora estamos entre os melhores do mundo”, resumiu antes da partida.
Gol decisivo na Copa do Brasil
Um dos momentos mais emocionantes da volta aconteceu no Maracanã lotado. Contra o Palmeiras, nas quartas de final da Copa do Brasil, o Flu havia perdido o jogo de ida por um a zero. No duelo de volta, vencia pelo mesmo placar quando, aos quarenta minutos do segundo tempo, Thiago Silva subiu mais alto que todos para cabecear o gol da classificação às semifinais. A explosão da torcida mostrou que o zagueiro segue sendo decisivo.
O oi sumida da Seleção Brasileira
O retorno reacendeu também a discussão sobre uma nova convocação para Thiago Silva. O “oi, sumida” veio de Carlo Ancelotti, técnico da Seleção, que não escondeu a admiração em entrevista à ESPN. “Thiago Silva é um jogador que eu conheço muito bem, eu que o contratei para o Milan e PSG. Eu falei com ele tem dez dias, o conheço muito bem”, afirmou. “Se for melhor do que outro, não vejo problema em convocar. No ano passado, um dos melhores jogadores do Real Madrid foi Modric, que tinha quarenta anos. Em dois mil e sete, ganhei a Champions League com Maldini de capitão, que tinha quarenta anos”, completou o treinador.