Contexto das Fake News sobre Contaminação por Metanol
Nos últimos dias, várias informações falsas circularam nas redes sociais a respeito de bebidas contaminadas com metanol, especialmente após a notícia de casos de intoxicação no Brasil. Esses conteúdos enganosos incluíram desde manipulações de áudio atribuindo declarações falsas a jornalistas até relatos de surtos não confirmados em hospitais.
Fatos Falsificados sobre a Coca-Cola
Uma das principais notícias falsas que viralizou afirma que a Coca-Cola estaria contaminada com metanol. Essa fake news ganhou força através de um vídeo no TikTok, que apresentava uma suposta reportagem do g1, anunciando que "metanol foi detectado em lotes da Coca-Cola". A fabricante, no entanto, desmentiu veementemente essas alegações, afirmando que não há qualquer relação entre seus produtos e os casos de intoxicação reportados.
A assessoria da Coca-Cola destacou: "São falsos os vídeos que circulam nas redes sociais associando a Coca-Cola a bebidas adulteradas com metanol" e enfatizou que não utilizam essa substância na produção.
Desinformação Sobre Casos de Intoxicação
Outra fake news menciona que Renata Vasconcellos, apresentadora do Jornal Nacional, teria noticiado 39 mortes decorrentes da intoxicação por metanol. A publicação que veiculou essa informação também utiliza inteligência artificial para criar um áudio falso. Entretanto, de acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, apenas 17 casos de intoxicação por metanol foram confirmados até o momento, com apenas duas mortes relacionadas.
Água Rosada em Itu: O Que Realmente Aconteceu?
As redes sociais também se agitaram com imagens de água de coloração rosa saindo de torneiras em Itu, sugerindo contaminação. Contudo, a Companhia Ituana de Saneamento esclareceu que a coloração rosa é devida ao permanganato de potássio usado em processos de tratamento de água e não à presença de metanol, que não tem cor.
Informações Falsas sobre Hospitais
Circulam ainda mensagens afirmando que o Hospital Vila Nova Star em São Paulo teria registrado 20 casos de intoxicação por metanol. Ao confirmar a informação, a assessoria do hospital informou que não possui pacientes internados por essa razão. Além disso, conteúdo similar surgiu em relação ao Hospital João XXIII em Belo Horizonte, onde um áudio anônimo afirmava que haveria um surto de intoxicação; esse áudio também foi desmentido pelas autoridades da saúde de MG.
Consequências da Desinformação
A disseminação de fake news não apenas gera pânico, mas também desvia a atenção de informações realmente relevantes sobre a segurança e saúde pública. Especialistas recomendam cautela ao compartilhar notícias sobre contaminações e intoxicações e enfatizam a importância de verificar as fontes antes de compartilhar informações alarmantes.