Santa Catarina lançou uma campanha na última segunda-feira, dia 13 de outubro, para combater a proliferação da árvore espatódea, uma espécie exótica africana conhecida por ser tóxica para as abelhas. Desde 2019, sua plantação é proibida por lei estadual, que prevê multas de até R$ 1 mil por planta ou muda produzida.
A árvore, também chamada de bisnagueira ou tulipeira-do-gabão, pode atingir até 25 metros de altura e chegou a ser utilizada na arborização de várias cidades do Brasil. Contudo, novas pesquisas levantaram preocupações sobre os riscos que a planta representa para a fauna local. A campanha do Instituto do Meio Ambiente (IMA) teve como intuito informar e alertar a população sobre os perigos da espatódea.
A toxina presente nas flores da árvore, que pode afetar tanto a abelha nativa quanto a abelha exótica Apis mellifera, é encontrada no pólen, no néctar e na mucilagem. Essas substâncias podem comprometer a polinização essencial para a biodiversidade. Para disseminar informações, o IMA está utilizando redes sociais e outros meios oficiais para educar a população sobre os riscos e a remoção desta espécie.
De acordo com a Lei Estadual nº 17.694/2019, a produção de mudas de espatódea é proibida e o plantio de novas árvores dessa espécie também é vedado. As árvores já existentes devem ser cortadas, e é recomendado substituir as espatódeas em locais públicos por espécies nativas, que proporcionam melhores condições para o ecossistema local.
Os principais pontos da lei incluem: a proibição da produção de mudas e do plantio de novas árvores da espatódea, a exigência de corte das já plantadas, a recomendação de utilização de espécies nativas na arborização urbana e a imposição de multa de R$ 1 mil por infrações, que dobra em casos de reincidência.
O IMA recomenda o plantio de espécies nativas que melhor se adaptem ao clima e solo de Santa Catarina, promovendo assim um equilíbrio ecológico e segurança para a fauna local. Essa medida não apenas ajuda na preservação das abelhas, mas também na conservação da biodiversidade regional.