Milhares de Pessoas nas Ruas em Contraposição a Trump
Neste sábado, milhares de pessoas se mobilizam em várias cidades dos Estados Unidos para participar dos protestos intitulados “No Kings”, uma manifestação contra o governo de Donald Trump. A mobilização ocorre durante o 18º dia de paralisação do governo federal e tem como objetivo defender a democracia e o equilíbrio entre os Poderes.
Classificação dos Protestos por Aliados de Trump
A mobilização foi criticada por aliados de Trump, que a qualificaram como “manifestações que odeiam os EUA” (“Hate America rallies”). O presidente, que se encontra em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, desferiu críticas ao que chamou de rótulo de “rei” que lhe foi imposto em entrevista à Fox News: “Dizem que me chamam de rei. Eu não sou um rei”.
A Resposta ao Estilo de Governo de Trump
Os organizadores dos protestos afirmam que as manifestações são uma resposta direta ao estilo de governo de Trump, que, segundo eles, é caracterizado por confrontos constantes com o Congresso e o Judiciário. Ezra Levin, cofundador do movimento Indivisible, destacou que “não há ameaça maior a um regime autoritário do que o poder do povo patriota”.
Reações da Liderança Republicana
Em contrapartida, líderes do Partido Republicano chamaram as manifestações de “antipatrióticas” e de extrema esquerda. O presidente da Câmara, Mike Johnson, previu a presença de grupos extremistas no evento e culpou os democratas pela atual paralisação do governo, argumentando que eles se negam a votar pela reabertura, enquanto buscam novos investimentos em saúde pública.
Defesa da Constituição Como Motivação dos Protestos
Entre os apoiadores da mobilização, destacam-se figuras como o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, e o senador independente Bernie Sanders, que chamou os atos de “um ato de amor à América”. Nas redes sociais, Sanders afirmou que milhões de cidadãos estão se manifestando para proteger a Constituição e a liberdade, além de expressar que o país não deve se transformar em uma autocracia.
Perspectivas Futuras e o Papel da Oposição
Os protestos também podem ser vistos como um termômetro político, especialmente em um contexto em que o governo permanece paralisado. O líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, destacou que a verdadeira odiosidade se manifestou no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, posicionando os protestos deste fim de semana como uma expressão de patriotismo contra o extremismo. Essa nova onda de mobilização sugere uma virada na postura da oposição, que até então se mostrava desanimada em face do fortalecimento político de Trump. Com a verdadeira força da oposição sendo testada, o clima de polarização política entre lealdade e resistência tem tudo para ser intensificado.