Valdemar Costa Neto volta a ser investigado pelo STF
A reabertura da investigação contra Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) repercutiu amplamente entre seus aliados. A decisão foi anunciada na terça-feira, 21 de outubro de 2025, e envolve suspeitas sobre a participação do político na trama golpista que aimou atacar o processo democrático no Brasil.
Defesas firmes de aliados do PL
Após o anúncio, defensores de Valdemar, como o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), saíram em sua defesa. Ele afirmou que a perseguição a Valdemar é inaceitável, destacando a importância de questionar e propor melhorias no processo eleitoral. "Transformar debate em motivo de punição revela o verdadeiro autoritarismo em curso no nosso país", disse Gayer.
Outro aliado, Carlos Jordy (PL-RJ), também criticou a reabertura da investigação, sugerindo que a ação foi motivada após Valdemar ter contratado um estudo para avaliar a integridade das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições de 2022. Jordy enfatizou que questionar o sistema eleitoral não deveria ser criminalizado.
Cenário jurídico e histórico
Valdemar Costa Neto já havia sido investigado anteriormente pela Polícia Federal e indiciado, porém não chegou a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele fazia parte do núcleo um da investigação sobre a tentativa de golpe, núcleo esse que inclui figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Críticas à decisão do STF
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também manifestou apoio a Valdemar, desqualificando a decisão da Primeira Turma do STF. Para Flávio, a investigação pode ser vista como uma manobra para tentar cassar o registro do PL. "Mais um gol de mão que o VAR da 1ª turma do STF vai validar, pelo bem da democracia, claro", ironizou o senador.
Aspectos legais da decisão
O ministro Alexandre de Moraes, ao votar pela reabertura da investigação, fez referência ao artigo 18 do Código de Processo Penal (CPP). O artigo estabelece que, após arquivamento de um inquérito, as autoridades policiais podem reabrir investigações caso surjam novas evidências. Esse ponto legal tem gerado debates acalorados sobre sua interpretação e aplicação no caso de Valdemar Costa Neto.