Impacto do Fechamento do Loophole de Tarifas
Sinead Colton Grant, a diretora de investimentos da BNY Wealth, destacou um fator crucial relacionado às tarifas que pode afetar diretamente os consumidores: o fechamento do chamado loophole de minimis. Essa isenção, que permitia a entrada de pacotes com valor inferior a $800 no país sem a cobrança de tarifas, foi encerrada em agosto e sua extinção levantou preocupações quanto ao impacto que isso terá sobre as compras dos consumidores nos Estados Unidos.
Consequências para as Compras dos Consumidores
Em entrevista ao Business Insider, Colton Grant afirmou: "Estamos observando muito atentamente a eliminação da isenção de $800 para importações, pois isso atinge muitos consumidores de forma mais direta". Com a retirada dessa isenção, os consumidores poderão perceber, ao fazer compras online, um aumento nos preços devido às tarifas aplicadas, uma realidade que poderá impactar o comportamento de compra e a percepção dos custos.
Possíveis Efeitos em Pequenas Empresas
A executiva também mencionou que essa mudança pode ter um impacto mais amplo, principalmente sobre pequenas empresas que, em muitos casos, não possuem operações nos Estados Unidos e podem enfrentar dificuldades adicionais no mercado. Colton Grant alertou para um "efeito dominó" que pode resultar dessa decisão.
Contexto das Tarifas nos EUA
Quando o ex-presidente Donald Trump anunciou suas tarifas em abril, a atenção estava voltada para importações e exportações maiores, enquanto o impacto nas despesas dos consumidores não recebeu a mesma atenção. No entanto, uma ordem executiva foi emitida em julho para fechar o loophole de minimis, o que agora se torna um ponto central para scrutinização.
Previsões sobre a Inflação e os Preços
Para a BNY Wealth, o impacto inflacionário das tarifas é visto como um fenômeno "pontual", com a expectativa de que os preços voltem a um nível de equilíbrio em breve. Colton Grant expressou: "Nosso entendimento, mesmo quando tudo foi revelado em 2 de abril, era que isso era uma posição de negociação". Ela enfatizou que muitas das tarifas estão atualmente em níveis bem inferiores aos anunciados inicialmente.
Aumento do Gasto do Consumidor
Apesar das preocupações com tarifas e inflação, os dados do Departamento de Comércio mostram que os gastos dos consumidores aumentaram 0,6% em agosto, seguindo aumentos de 0,5% em julho e 0,4% em junho. Essa resiliência no gasto dos consumidores poderá ser desafiada conforme os novos custos se tornam mais evidentes na economia.