Durante uma recente conferência de resultados, o CEO da Palantir, Alex Karp, fez declarações polêmicas ao afirmar que sua empresa é "completamente anti-woke". Karp argumentou que a Palantir se posiciona como defensora da liberdade de expressão e da meritocracia, o que segundo ele é essencial para a companhia, que fornece soluções de software tanto para o governo dos Estados Unidos quanto para empresas privadas.
Com um crescimento notável, a Palantir reportou quase $1,2 bilhões em receitas no terceiro trimestre, um aumento de 63% em relação ao ano anterior. Karp destacou que a receita comercial nos Estados Unidos mais que dobrou, alcançando $397 milhões, enquanto a receita do governo cresceu 52%, atingindo $486 milhões. Ele considera esses números como alguns dos melhores resultados já apresentados por uma empresa de software.
O executivo também mencionou que a Palantir trabalha em parceria com agências como a ICE (Imigração e Controle de Alfândega) e desenvolve projetos em Israel, o que levantou debates sobre a política de imigração no país. Karp afirmou: "Nós apoiamos a ICE. Ok, isso é muito controverso, mas muitos acham que é polêmico".
Pelo lado das controvérsias, a executiva de comunicação da Palantir, Lisa Gordon, expressou preocupação sobre a mudança política da empresa em uma recente entrevista, rotulando-a como um sinal "preocupante". Karp, no entanto, continua a insistir em sua perspectiva de que a empresa deve manter sua identidade única.
Além de suas considerações sobre política e estratégias de negócios, Karp também abordou assuntos mais amplos como a segurança na fronteira e a reação da sociedade às questões das drogas. Ele argumentou que se as mortes por overdose afetassem exclusivamente as classes mais privilegiadas, a resposta do governo seria muito mais intensa. "Estamos do lado dos americanos comuns que muitas vezes são ignorados pela sociedade elitista", afirmou ele durante a chamada aos acionistas.
O CEO também defendeu uma "experiência nacional compartilhada" e criticou a ideia de que todas as culturas são iguais. Em sua carta aos acionistas, ele destacou que essa visão é um erro, mencionando que algumas culturas são "maravilhosas e geradoras", enquanto outras podem ser "destrutivas e regressivas". Essas afirmações refletiram uma visão mais crítica sobre multiculturalismo.

