Os Estados Unidos realizaram um novo bombardeio contra uma embarcação no Caribe, supostamente ligada ao tráfico de drogas. A declaração foi feita pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, que confirmou a morte de três pessoas a bordo.
Este foi o 18º ataque em um período de pouco mais de um mês, sendo dez no Mar do Caribe e oito no Oceano Pacífico. Dados do governo americano indicam que, até o momento, 69 vidas foram perdidas nos ataques realizados. Em resposta, na última sexta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ao governo do Presidente Donald Trump que encerre as ofensivas contra barcos suspeitos de envolvimento no tráfico.
Hegseth justificou os ataques nas redes sociais, afirmando que continuarão até que o problema do tráfico, que prejudica o povo americano, seja resolvido. Os ataques geraram forte críticas da ONU, cuja autoridade para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou essas ações como execuções extrajudiciais. Türk disse que o custo humano dos ataques é inaceitável e pediu que os EUA cessem tais ações.
Esta manifestação da ONU marca a primeira vez que a organização se posiciona sobre as operações do governo Trump nas costas da Venezuela e da Colômbia, iniciadas em setembro. Essas agressões fazem parte de uma maior estratégia do governo americano contra os cartéis de drogas latino-americanos, conforme afirmaram autoridades dos EUA, reivindicando a necessidade de uma ação militar na região.
O ataque foi autorizado diretamente por Donald Trump ao Pentágono, com o objetivo declarado de impedir a entrada de drogas nos Estados Unidos. No entanto, a imprensa americana levantou a hipótese de que o verdadeiro propósito seria desestabilizar o regime de Nicolás Maduro. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 da ONU revela que o fentanil, uma droga altamente viciante, é oriunda do México, que limita a costa oeste dos EUA, desafiando a narrativa sobre origem e responsabilidade do tráfico.
O governo venezuelano tem denunciado os ataques como uma tentativa de intervenções e mudança de regime, enquanto a Colômbia também expressou desaprovou quanto a essas ofensivas, chamando-as de execuções extrajudiciais. O crescente debate sobre a eficácia e moralidade dessas ações militares continua a se intensificar, à medida que impactos significativos se desenrolam na região.