A recente cobertura da BBC sobre Kate Middleton, agora oficialmente conhecida como Catherine, princesa de Gales, gerou polêmica e descontentamento entre os espectadores. Durante uma cerimônia significativa em memória dos mortos da Primeira Guerra Mundial, a emissora reiteradamente se referiu a ela como "Kate Middleton", provocando críticas por parte do público que interpretou essa escolha como um desdém pela posição da futura rainha consorte.
A emissora britânica, que deveria seguir padrões mais rigorosos do que os tabloides, foi acusada de desrespeito ao não reconhecer a formalidade de seu novo título. O tratamento correto de Catherine como princesa de Gales é uma questão séria no Reino Unido, onde a etiqueta real é de fundamental importância. Ao insistir em usar seu sobrenome de solteira, a BBC ignora a transformação da duquesa de Cambridge, que, desde a morte da rainha Elizabeth, em setembro de 2022, assumiu uma nova posição no cerne da família real.
Essa experiência marcante aconteceu quando Kate foi a primeira membro da família real a atuar como representante em um evento memorial. Vestida rigorosamente de acordo com o protocolo, ela simbolizou um novo capítulo para a aristocracia britânica após um período de mudanças significativas. No entanto, a apresentadora Rajiini Vaidyathan continuou a chamá-la de "Kate Middleton", o que gerou críticas sobre uma possível agenda antimonárquica em certas coberturas da emissora.
A controvérsia não se limitou apenas ao uso inadequado do nome. Em um contexto mais amplo, a história da família real britânica está cheia de desafios e conflitos que envolvem a figura de Diana, a sogra de Catherine. Explorações de sua vida e casamento com Charles, o atual rei, expõem camadas de drama e intriga que refletem a complexidade das normas e expectativas que cercam a realeza.
A BBC, que já esteve envolvida em escândalos relacionados à cobertura do casamento de Charles e Diana, deve agora lidar com as consequências de suas falhas nesta atualidade. O diretor-geral da emissora, Tim Davie, enfrentou pressão para renunciar após uma investigação revelar manipulações em reportagens de eventos controversos, incluindo o ataque ao Capitólio nos Estados Unidos.
Esses erros são reforçados por um padrão de cobertura tendenciosa e frequentemente negativa, que atingiu não só figuras como Kate, mas a própria instituição monárquica. Apesar disso, a abordagem da BBC em relação a Kate destaca um preconceito velado que ainda persiste em diversos segmentos da sociedade britânica e entre jovens aristocratas que, de forma sarcástica, brincaram com sua origem plebeia.
Kate se casou com o príncipe William em 2011 e, ao longo dos anos, cultivou uma imagem pública sólida e respeitosa. No entanto, o tratamento que recebe da mídia muitas vezes não reflete seu papel e importância dentro da realeza. Essa dualidade é evidente na maneira como a imprensa a vê, contrastando suas interações públicas com a realidade de sua vida pessoal e suas lutas, incluindo um diagnóstico recente de câncer.
Ao refletir sobre a cobertura da mídia e as percepções sociais, é evidente que a imagem de Catherine, princesa de Gales, continuará a ser moldada tanto por seu papel dentro da família real quanto pelas narrativas que a cercam. Com uma história que entrelaça luta, amor e representação, as questões levantadas pelo tratamento que ela recebe são emblemáticas dos desafios que muitas mulheres enfrentam dentro e fora dos holofotes da realeza britânica.