Banco Master Enfrenta Irregularidades Em suas Operações
O Banco Central (BC) do Brasil identificou irregularidades significativas nas operações do Banco Master, resultando na sua liquidação e na prisão de seu proprietário, Daniel Vorcaro, e outros dirigentes da instituição. As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal, que apura suspeitas de crimes relacionados às operações bancárias.
Presidente do BC Reforça Procedimentos Legais
Durante um evento, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a importância de seguir rigorosamente todos os procedimentos legais para prevenir danos ao erário. Ele afirmou que desde o primeiro momento, o BC tomou as medidas necessárias para lidar com a situação do Banco Master, agradecendo a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal, e do sistema Judiciário em todo o processo.
Investigação da Polícia Federal Foca em Contratos Suspeitos
As irregularidades descobriram-se nas operações de venda de carteiras de crédito do Banco Master para o Banco de Brasília (BRB). As operações estão sob investigação pela Polícia Federal, que investiga a possibilidade de falsificação de contratos. Galípolo elogiou o papel do BC na identificação dos problemas e indicou que a questão deve seguir no campo criminal, caso se confirmem indícios de fraude.
Implicações da Liquidação para o Erário Público
O presidente do BC ressaltou que seguir os procedimentos legais adequados é fundamental para evitar que decisões anteriores sejam contestadas na Justiça, o que poderia resultar em passivos significativos para o erário público. Ele alertou que, passado o tempo necessário, a responsabilidade recairia sobre o BC e sobre o estado.
Acordo com Ex-Presidente do BC e Avaliações de Risco
Além de discutir a liquidação do Banco Master, Galípolo foi convocado para apresentar esclarecimentos sobre um acordo recente com Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC, que encerrou um processo administrativo sem a admissão de culpa. Campos Neto se comprometeu a pagar uma multa de R$ 300 mil como parte do termo de compromisso, que não configura reconhecimento de infrações graves.
Nota do Santander e Compromisso com a Conformidade
O Banco Santander também foi mencionado, com um comunicado afirmando que o Termo de Compromisso foi firmado para fortalecer os controles internos em operações de câmbio. O banco esclareceu que o acordo não envolve a admissão de vícios ou penalidades, reforçando seu compromisso com as boas práticas de compliance e o diálogo com as entidades regulatórias.
Procurado para comentar sobre a situação em novembro, Campos Neto, atualmente no Nubank, não prestou declarações sobre o assunto. A crise no Banco Master reflete a necessidade de vigilância contínua e procedimentos éticos no setor bancário no Brasil.