Madrasta induziu enteada a se afogar na máquina de lavar
Menina morreu em 2022 com asfixia mecânica interna; MP do Paraná denuncia a mulher por homicídio qualificado
Em maio de 2022, uma menina de três anos morreu com asfixia após cair dentro de uma máquina de lavar roupas em Cascavel, no oeste do Paraná. Agora, quase três anos depois, o Ministério Público do Paraná denunciou a madrasta da menina por homicídio qualificado, indicando que ela usou brinquedos e um banquinho de plástico para induzir a enteada a se afogar.
Conforme informou o Ministério Público, em nota publicada na última sexta-feira, 24, a madrasta teria provocado a morte da menina ao colocá-la em um banco de plástico em frente ao eletrodoméstico, que estava cheio de água e com alguns brinquedos da criança. Depois disso, a madrasta teria deixado a menina sozinha no local, brincando.
A 17ª Promotoria de Justiça de Cascavel, que assina a denúncia, entende que "denunciada tinha plena consciência do risco ocasionado por suas condutas e assumiu o risco de ocasionar a queda da vítima no interior da máquina de lavar roupas e seu afogamento". A conclusão da denúncia, a partir das investigações, é de que o crime foi cometido por ciúmes e sentimento de posse da madrasta em relação ao pai da criança, com quem ela se relacionava. "Ela acreditava que a menina estaria prejudicando a relação dos dois, em razão da proximidade mantida pelo companheiro com a ex-esposa, mãe da menina", descreveu o MP. O processo, que corre em segredo de Justiça, foi oferecido no dia 18 de dezembro e recebido pelo Judiciário nas últimas semanas. Agora, a denunciada se tornou ré no processo, que tramita na 1ª Vara Criminal de Cascavel. A defesa da denunciada não foi identificada, e o espaço segue aberto para manifestação.Tags: Madrasta, Afogamento, Cascavel, Homicídio, Ciúmes Fonte: www.terra.com.br