Um recente relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) revelou que a lipoaspiração consolidou-se como o procedimento cirúrgico estético mais realizado em 2023, repetindo o prestígio de 2022. Ao todo, foram contabilizadas mais de 2,2 milhões de lipoaspirações no mundo, superando outros procedimentos como aumento mamário, cirurgia palpebral, abdominoplastia e rinoplastia.
Entre os tratamentos não cirúrgicos, as opções mais populares continuaram sendo a toxina botulínica e o ácido hialurônico, seguidos por depilação a laser, tratamentos não cirúrgicos para endurecimento da pele e redução de gordura não invasiva.
O estudo também destaca um aumento significativo nos procedimentos realizadas na face e cabeça, que somaram mais de 6,5 milhões de intervenções, o que representa um crescimento de 19,6% em comparação ao ano anterior. As cirurgias palpebrais foram as que mais se destacaram, com um aumento percentual de 24%, totalizando mais de 1,7 milhão de casos. As rinoplastias, por sua vez, também mostraram um crescimento considerável, atingindo 1,1 milhão de procedimentos e um aumento de 21,6%.
No que diz respeito ao público feminino, a lipoaspiração superou o aumento mamário, contabilizando 1,8 milhão de intervenções e um crescimento de 29% em relação a 2021. Entre os homens, a cirurgia das pálpebras se destacou, mostrando uma crescente procura por procedimentos que enfatizam o rejuvenescimento facial. Os dados ainda indicam que as jovens de 18 a 34 anos são mais propensas a realizar cirurgias de aumento mamário (53,7%) e rinoplastias (65,8%). Já pessoas de 35 a 50 anos são o público predominante para procedimentos injetáveis, como a toxina botulínica, representando 49% das aplicações globais.
Uma análise anterior da ISAPS também havia mostrado um crescimento nos procedimentos estéticos realizados em 2021, refletindo uma tendência crescente em procedimentos como gluteoplastia e outros focados no contorno dos glúteos. O lifting de glúteos, por exemplo, apresentou um aumento de 45,7% desde 2017, enquanto os procedimentos de aumento de glúteos cresceram 40,5% no mesmo período. O Dr. André Ahmed, cirurgião plástico e especialista em gluteoplastia, comentou que os dados citados proporcionam uma visão abrangente das tendências globais na cirurgia plástica, realçando um crescimento notável dos procedimentos voltados para contornos corporais, especialmente na região dos glúteos. O especialista destacou que a gluteoplastia reflete não apenas uma evolução estética, mas também uma mudança nos padrões de beleza, que agora valorizam cada vez mais as curvas definidas.
Segundo o Dr. André, “dentro desse contexto, a gluteoplastia surge como uma solução segura e confiável para quem busca resultados duradouros e harmônicos. Ao contrário de métodos como o uso de polimetilmetacrilato (PMMA), que representam riscos significativos à saúde, a gluteoplastia utiliza técnicas comprovadas e materiais biocompatíveis, como próteses de silicone, para garantir a segurança do paciente”.
O relatório mais recente também informa que a toxina botulínica continua sendo o procedimento estético não cirúrgico mais popular, com 8,8 milhões de aplicações em todo o mundo. Em seguida, o ácido hialurônico, com 5,5 milhões de procedimentos, registrou um aumento expressivo de 29%, refletindo a popularidade das soluções minimamente invasivas entre ambos os sexos.
O Brasil se destaca globalmente, ocupando o segundo lugar na lista de países com maior número de procedimentos estéticos realizados, com um total de 3,3 milhões de intervenções, apenas atrás dos Estados Unidos, que contabilizaram 6,1 milhões. Esses números reafirmam a posição do país como um líder mundial em cirurgia plástica, atraindo tanto pacientes locais quanto internacionais.
O Dr. André Ahmed ressaltou a importância de a cirurgia plástica continuar priorizando ética e segurança. Ele também mencionou que tecnologias emergentes, como a impressão 3D para personalização de próteses, podem otimizar resultados. “O caminho para um futuro mais seguro na cirurgia estética está na união de inovação, regulamentação rigorosa e conscientização pública, assegurando que procedimentos como a gluteoplastia permaneçam como a escolha mais adequada e responsável para quem busca redefinir sua silhueta”.