O ex-presidente Donald Trump anunciou nesta quinta-feira, 1º de maio de 2025, a nomeação do congressista Mike Waltz como embaixador dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU). A decisão ocorreu horas após a saída do assessor de segurança nacional, em meio a uma significativa reestruturação no Conselho de Segurança Nacional (NSC), com Marco Rubio assumindo interinamente o cargo. A movimentação busca consolidar aliados próximos em posições estratégicas, de acordo com fontes ligadas à administração.
A saída de Waltz do NSC se dá após um período conturbado, que resultou na demissão de pelo menos seis funcionários em abril, motivada por pressões de figuras conservadoras como Laura Loomer. Trump optou por adiar a nomeação de Waltz, temendo a percepção de que estaria cedendo a críticas externas, conforme relatado pela CBS News.
O Secretário de Estado, Marco Rubio, assumirá temporariamente as funções de assessor de segurança nacional, enquanto outros aliados de Trump, como Stephen Miller e Seb Gorka, estão sendo considerados para posições-chave. Curiosamente, o nome de Steve Witkoff, atual enviado especial ao Oriente Médio, não é cogitado para a substituição.
Mike Waltz, que tem experiência em combate e já atuou como assessor de Trump, recebeu elogios do ex-presidente, que destacou sua "prioridade aos interesses nacionais". A nomeação de Waltz representa uma mudança em relação à anterior indicação de Elise Stefanik, que foi retirada em março sem explicações claras. Este alinhamento demonstra um objetivo de fortalecer a base de apoio em momentos cruciais.
A saída do ex-representante adjunto para a Coreia do Norte, Alex Wong, também é parte do quadro de reestruturações, levantando questões sobre a transparência e vazamentos que afetaram a dinâmica interna das negociações, especialmente após eventos envolvendo mensagens do aplicativo Signal.
Essas movimentações ocorrem em um cenário caracterizado pela consolidação de lealdades entre a equipe de Trump. Richard Grenell, ex-embaixador, já havia descartado qualquer interesse em assumir o papel de assessor de segurança nacional, o que reflete preocupações ideológicas e a tentativa de purgar os "neoconservadores" do círculo de poder.
A nomeação de Waltz para a ONU sugere uma abordagem mais proativa em fóruns multilaterais, que se alinha com a retórica "America First", herança da administração Trump. O congressista enfrentará desafios como a reforma do Conselho de Segurança e a pressão máxima sobre os direitos humanos em relação a aliados estratégicos dos Estados Unidos.
A confirmação da nomeação de Waltz pelo Senado estará atrelada à composição partidária que se estabelecerá após as eleições de 2024. Especialistas em política internacional observam que essa nomeação pode reforçar a influência de figuras militares na diplomacia da era Trump, trazendo um contraste nítido com o perfil tradicionalmente diplomático do Departamento de Estado.