A Temu, uma das maiores plataformas de e-commerce, anunciou que encerrará, a partir desta semana, os envios diretos de produtos da China para os consumidores nos Estados Unidos. Essa decisão vem como consequência do recente fechamento da isenção fiscal conhecida como "de minimis", que permitia a entrada de pacotes de até US$ 800 sem taxas de importação. O governo dos EUA tomou essa medida visando combater a concorrência desleal e a entrada de produtos considerados ilícitos.
A isenção "de minimis" foi criada em 1938 para simplificar a importação de mercadorias de baixo valor e se tornou uma parte fundamental do modelo de negócios não só da Temu, mas também de concorrentes como a Shein. Contudo, a administração norte-americana, sob pressão de varejistas locais e preocupações relacionadas à segurança, decidiu pôr fim a essa regra especificamente para produtos oriundos da China, o que impacta diretamente no espectro de vendas e na logística da Temu.
Com a nova configuração, a Temu fará parceria com vendedores que operam dentro dos Estados Unidos, utilizando estoques localmente. Os produtos que já estão catalogados como "locais" estão se tornando predominantes. Entretanto, especialistas indicam que essa transição pode acarretar riscos, como a possibilidade de desabastecimento e a perda da competitividade em relação aos preços.
A decisão da Temu insere-se em um contexto com esforços que se iniciaram durante a era de Trump e foram mantidos sob a administração Biden, com foco na proteção das indústrias norte-americanas. As autoridades afirmam que a isenção favorecia a entrada de substâncias ilícitas, como o fentanil, e prejudicava as empresas que cumpriam com suas obrigações fiscais.
As mudanças implementadas pela Temu podem sinalizar uma nova tendência no setor de e-commerce, com três pontos principais a serem observados:
A transição da Temu acontece em meio a desafios significativos, como equilibrar os custos operacionais e as expectativas dos consumidores que estão acostumados a preços extremamente baixos. Este cenário reabre os debates sobre a globalização do comércio eletrônico e as fronteiras do protecionismo comercial.
A fonte das informações acima foi coletada de múltiplas análises e reportagens, incluindo o Business Insider e PYMNTS.