Recentemente, em Brasília, o Movimento "Sem Anistia" se destacou ao se reunir com a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais. O encontro teve como principal foco discutir as preocupações em relação ao controverso projeto de anistia que busca perdoar os envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Com uma forte oposição ao projeto que pretende isentar de punição aqueles que participaram das ações violentas, o movimento entregou um documento contendo 180 mil assinaturas. Essa iniciativa demonstra o descontentamento significativo da população em relação à proposta, refletindo um sentimento amplo contra a anistia.
A ministra Gleisi Hoffmann, em sua posição central nas discussões sobre a anistia, afirmou que o debate acerca de uma possível revisão de penas deve ocorrer no Congresso; no entanto, ela enfatizou que isso não deve interferir na autonomia do Judiciário. Gleisi criticou o Projeto de Lei da Anistia, considerando-o uma tentativa de impunidade para os indivíduos envolvidos nos atos golpistas. Ela expressou surpresa ao perceber o apoio de alguns deputados da base do governo a esse projeto, que ela classificou como uma "profunda contradição".
O projeto de anistia gerou reações intensas, com muitos setores da população e políticos expressando seu desprezo pelo perdão aos que participaram nas manifestações violentas de 8 de janeiro. O movimento "Sem Anistia" não apenas entregou o abaixo-assinado, mas também conseguiu as assinaturas necessárias para levar o PL a discussão, embora essa iniciativa tenha encontrado resistência dentro do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além da reunião com Gleisi Hoffmann, o Movimento "Sem Anistia" está empenhado em agendar um encontro com o deputado Hugo Motta. Essa estratégia visa fortalecer a resistência ao projeto de anistia e mobilizar a sociedade em torno da importância de não permitir a impunidade para aqueles que violaram a democracia. O movimento continua a trabalhar na conscientização da população e na coleta de apoio, provando que questões de justiça e responsabilidade pública permanecem no centro do debate político atual.