Recentemente, a tensão entre Índia e Paquistão, ambas potências nucleares, ganhou nova intensidade, gerando alarmes internacionais sobre o risco de um conflito nuclear. Em 6 de maio de 2025, a Índia lançou ataques aéreos contra o Paquistão, uma ação que intensifica uma rivalidade que já se arrasta por décadas. A Índia justifica os ataques afirmando que o alvo era militantes, enquanto o Paquistão reagiu prometendo retaliação, elevando a situação a um nível perigoso.
A rivalidade entre esses dois países remonta a 1947, quando o subcontinente indiano foi partitionado. A disputa pela região da Caxemira permanece como um dos principais pontos de conflito, levando ambos à guerra em três ocasiões (1947-1948, 1965 e 1971) além de diversos confrontos menores, como o notório conflito de Kargil em 1999. O status de potências nucleares de ambas as nações foi solidificado com testes nucleares realizados em 1998.
Atualmente, a Índia abriga um arsenal estimado entre 150 e 200 ogivas nucleares, enquanto o Paquistão possui entre 160 e 180. Ambas as nações estão equipadas com mísseis balísticos, que variam de curto a longo alcance, aptos para atingir tanto centros urbanos quanto instalações estratégicas no território do adversário. Dentre os sistemas de defesa da Índia, destaca-se o míssil Agni-V, enquanto o Paquistão utiliza o Shaheen-III como parte de sua estratégia de defesa.
A Índia operou uma estratégia conhecida como "Cold Start", que preconiza ataques rápidos e limitados em solo paquistanês. Em reação a essa tática, o Paquistão desenvolveu suas próprias estratégias, incluindo a utilização de armas nucleares de menor potência, como o míssil Nasr, em casos onde perceba uma ameaça existencial. A doutrina indiana prevê uma resposta nuclear massiva a qualquer ataque que seja percebido como uma agressão.
A ascensão da tensão entre Índia e Paquistão traz à tona a possibilidade de um ataque nuclear limitado, o que é visto como um dos cenários mais preocupantes para uma escalada de conflitos. Especialistas ressaltam que, embora o uso de armas nucleares seja improvável no curto prazo, a continuidade das hostilidades pode resultar em consequências devastadoras, não apenas para a região, mas para a comunidade global.
A comunidade internacional acompanha a situação com cautela, buscando evitar que o embate entre essas duas potências nucleares desencadeie um conflito que possa ter répercussões além das fronteiras da Ásia.