O cenário do desmatamento na Amazônia Legal apresenta um paradoxo preocupante: embora o governo brasileiro registre uma queda anual de 5% em 2025, o mês de abril trouxe um surto atípico de 55% de aumento em comparação ao ano anterior. Foram devastados 690 km² de floresta em abril, em contraste com os 547,25 km² desmatados no mesmo mês de 2024.
A Amazônia continua enfrentando desafios significativos em relação ao desmatamento. O mês de janeiro de 2025, por exemplo, também apresentou um aumento alarmante, com 68% a mais em relação ao ano anterior, somando 133 km² destruídos. Os estados que mais contribuem para essa tragédia ambiental são Mato Grosso, Roraima e Pará.
Em resposta ao crescimento do desmatamento em abril, o governo tem iniciado um processo de reavaliação de suas políticas de controle e prevenção. A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, enfatizou a necessidade de manter a tendência de redução anual e trabalhá-la de forma a mitigar os impactos do pico de abril. O governo se planeja consolidar essa redução até julho deste ano.
A redução anual de 5% é um sinal encorajador, mas eventos mensais como o de abril necessitam de vigilância constante. Para isso, uma fiscalização intensificada e a implementação de políticas sustentáveis são essenciais para proteger a Amazônia. Além disso, houve uma queda significativa nas queimadas no primeiro trimestre de 2025, que registrou uma redução de 70%, indicando que as medidas adotadas podem estar começando a surtir efeito.
Com a combinação de esforços corretos e monitoramento ativo, espera-se que o desmatamento na Amazônia possa ser controlado, permitindo que a floresta continue a desempenhar seu papel vital no equilíbrio ecológico e na luta contra as mudanças climáticas.