Na última quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) surpreendeu ao lançar um mapa-múndi invertido, colocando o Brasil em destaque no centro da representação. Essa iniciativa tem como objetivo reforçar a liderança do país em importantes fóruns internacionais, como o Brics e o Mercosul. O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, enfatizou a relevância dessa ação, que também se relaciona à participação brasileira na COP 30, agendada para 2025.
O lançamento do mapa coincide com um momento crucial em que o Brasil assume um papel proeminente no cenário global. O país não só preside o Brics e o Mercosul, mas também se preparou para ser o anfitrião da COP 30, um evento que solidifica sua influência em questões ambientais e econômicas. O mapa pode ser adquirido no site do IBGE, com preços que variam de R$ 15,00 a R$ 90,00, dependendo do formato escolhido.
O principal objetivo do IBGE ao lançar o mapa é provocar reflexões sobre o papel do Brasil no mundo contemporâneo. Com rápidas mudanças globais, o instituto reconhece a necessidade de um protagonismo maior do país. No entanto, essa iniciativa não está isenta de controvérsias. Internamente, o IBGE enfrenta dificuldades, incluindo tensões entre a presidência e o corpo técnico, o que gera discussões sobre a condução da política do instituto.
O mapa-múndi invertido não representa uma visão distorcida do globo, mas uma perspectiva alternativa que coloca o Sul global no topo e o Brasil no coração dessa representação. Ele também destaca cidades significativas, como Rio de Janeiro, que é apresentada como a capital dos Brics, Belém como a capital da COP 30, e Ceará, sede do Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global.
Embora a ideia tenha sido bem recebida por alguns, ela também traz à tona o debate sobre a forma como o Brasil é percebido no contexto global e a importância de suas representações geográficas na construção de um discurso mais inclusivo.