Columbia University suspende mais de 65 alunos após protesto
A Columbia University tomou uma postura drástica ao suspender mais de 65 estudantes em decorrência de um protesto pro-Palestino que ocupou a Butler Library em 7 de maio de 2025. O ato, que ocorre durante o período crítico de provas finais, gerou uma série de consequências, incluindo a interrupção de atividades acadêmicas e a presença intensa da polícia na universidade.
Detalhes do Protesto e Conseqüências Imediatas
No evento, cerca de 80 manifestantes infiltraram-se na Butler Library, renomeando o espaço para "Basel Al-Araj Popular University", em referência a Basel Al-Araj, um suposto terrorista. Durante a manifestação, os participantes cantaram slogans como "Liberdade para a Palestina" e exigiram que a Columbia University se desfizesse de seus laços com Israel. A ação envolveu a distribuição de panfletos que glorificavam Al-Araj, exacerbando a controvérsia.
A resposta da polícia foi rápida, resultando na prisão de 80 indivíduos, sendo 19 homens e 61 mulheres. A maioria foi liberada após receber notificações de comparecimento judicial por invasão de propriedade, enquanto outros dois receberam intimações. Agora, as Investigações de Segurança Interna estão avaliando as identidades e os status de visto dos detidos.
Resposta da Universidade e Ações Disciplinares
A universidade reagiu colocando mais de 65 alunos em suspensão provisória, impedindo-os de fazer exames finais ou entrar no campus, exceto para acessar suas residências. Além disso, outros 33 indivíduos, entre ex-alunos e estudantes de outras instituições, foram proibidos de acessar o campus.
Um porta-voz da universidade declarou que a interrupção das atividades foi uma violação intencional das regras e que consequências severas seriam impostas, especialmente em um momento crítico como o de provas finais. O oficial condenou a violência, o antissemitismo e os discursos de ódio presenciados durante o protesto, reafirmando o compromisso da Columbia com um ambiente acadêmico seguro.
Críticas e Contexto Mais Amplo
Por outro lado, o Grupo de Direitos dos Professores da Columbia criticou a resposta da universidade, que, segundo eles, reflete uma "ética autoritária" e destaca as tensões existentes entre a liberdade de expressão e a ordem no campus. Este protesto é um reflexo do ressurgimento do ativismo pro-Palestina nas universidades americanas, seguindo manifestações massivas do ano anterior.
Circuitos de ativismo em várias universidades estão exigindo desinvestimento em empresas vinculadas a Israel. Apesar de experiências limitadas de êxito nessa área, os ativistas estudantis contínuam sua jornada, apresentando suas ações como a continuidade de um movimento mais amplo.
Impacto na Comunidade Universitária
A ocupação se desenrolou em um período em que muitos alunos estavam se preparando para as provas finais, causando uma significativa perturbação acadêmica. A postura firme da universidade antecipa um claro sinal de tolerância zero perante quaisquer interrupções que comprometam a integridade acadêmica e a segurança do campus.
As ações da Columbia ressaltam as dificuldades em equilibrar a liberdade de expressão e o ativismo político com a necessidade de um ambiente acadêmico que seja seguro e propício ao aprendizado. O incidente evidencia os conflitos contínuos que permeiam os campi universitários em todo o mundo, especialmente quando as manifestações ultrapassam os limites do aceitável e se aproximam do que muitos consideram discurso de ódio.