Scott Bessent alerta sobre tarifas aumentadas caso nações não negociem com boa-fé.; Reprodução: Business Insider
O Secretário do Tesouro, Scott Bessent, revelou que o presidente Donald Trump está preparado para aumentar as tarifas sobre países que não se envolverem em negociações comerciais de "boa fé". Em uma entrevista à NBC, Bessent destacou que a administração está atenta aos desdobramentos das recentes conversas comerciais, especialmente com a China.
Durante sua participação no programa "Meet the Press", Bessent declarou: "Se um país não quiser negociar, as tarifas voltarão ao nível de 2 de abril". Esta afirmação é um alerta sobre os impactos das negociações falhadas, seguindo o discurso de Trump no chamado "Dia da Libertação". "Alguns países enfrentaram tarifas de 10%, enquanto outros estavam significativamente mais elevados", explicou. O Secretário ressaltou que os aumentos de tarifas já implementados foram resultado de discussões não produtivas.
Na mesma entrevista, Bessent ressaltou os comentários recentes de Trump, que mencionou que países poderiam receber uma carta detalhando sua taxa tarifária efetiva se não apresentassem sinceridade nas conversas. "Isso mostra que não estão negociando de boa fé", afirmou Bessent, acrescentando que uma notificação será enviada manifestando a taxa aplicável, reforçando a expectativa de que todos se empenhem em negociações construtivas.
Após o discurso de Trump, que provocou agitação nos mercados globais, o presidente implementou uma pausa de 90 dias nas tarifas "recíprocas" propostas, mantendo a maioria das nações sob uma tarifa base de 10% enquanto as discussões prosseguem. A China, no entanto, ficou de fora desse acordo, com as tarifas sobre produtos chineses subindo para 145% em abril. Recentemente, a taxa foi temporariamente reduzida para 30% enquanto os líderes dos dois países continuam as negociações.
Em outra frente, no início de maio, a administração Trump anunciou um novo quadro econômico com o Reino Unido. Estados Unidos rescindiram tarifas sobre aço e automóveis britânicos, ao mesmo tempo em que agricultores americanos conseguiram maior acesso ao mercado britânico, sinalizando um passo em direção a uma relação comercial mais próxima e produtiva.