Acidentes em museus têm gerado prejuízos significativos e exposto a fragilidade do patrimônio cultural. Recentemente, um incidente ocorreu em Florença, onde um visitante danificou um retrato de 1712 de Ferdinando de Medici, enquanto tentava capturar uma imagem para redes sociais. Esse tipo de comportamento tem se tornado comum, levando instituições a repensar a segurança de suas obras.
No último sábado (21), um homem foi flagrado em vídeo pela Galeria Uffizi, enquanto andava de costas em direção à famosa pintura de Anton Domenico Gabbiani, e acidentalmente rasgou a obra. O diretor do museu, Simone Verde, lamentou o fato e afirmou: “O problema dos visitantes que vêm aos museus para fazer memes ou tirar selfies está se tornando generalizado: vamos impor limites precisos para preservar o respeito ao patrimônio cultural”.
Casos similares têm sido documentados em outras partes do mundo, como em Verona, onde uma cadeira feita de cristais Swarovski quebrou sob o peso de um visitante que se sentou para uma foto. A cena foi captada por câmeras de segurança do Museu Palazzo Maffei, mostrando a imprudência de tentar interagir fisicamente com as obras.
Além disso, um incidente notório ocorreu em um centro comunitário em Overland Park, Kansas, onde uma criança danificou uma escultura, resultando em um prejuízo estimado em US$ 132 mil. A mãe do menino, na época, defendeu que não houve negligência.
Em 2006, também registrou-se um acidente no Fitzwilliam Museum, em Cambridge, onde um visitante tropeçou e quebrou três vasos chineses da dinastia Qing. O dano foi avaliado em 100 mil libras, destacando a vulnerabilidade das coleções em exposições abertas ao público.
Os museus estão, cada vez mais, reconhecendo a necessidade de implementar medidas de segurança para proteger seu acervo frente a atitudes impulsivas de turistas em busca de likes nas redes sociais.