Desafio sem precedentes para pilotos da Força Aérea dos EUA
Militares que pilotaram o bombardeiro B-2 enfrentaram uma nova experiência na recente missão de 37 horas para atacar a instalação nuclear iraniana em Fordow. Apesar de anos de treinamento, a operação em combate veio com suas próprias dificuldades e emoções, como relata Greg Jaffe, em reportagem para o The New York Times.
Treinamento intensivo e simulações rigorosas
Antes de sua missão, os pilotos da Força Aérea dos EUA passaram mais de 24 horas em simuladores de voo do B-2. Durante semanas, eles realizaram simulações de ataques a alvos fortificados, projetando operações realistas para se preparar para seus desafios no ar. O tenente-general aposentado Steven Basham, que pilotou o bombardeiro, afirmou que embora muito da missão simulada se aproximasse da realidade, detalhes cruciais eram diferentes.
Detalhes da missão e lançamento de bombas
A missão foi realizada nas primeiras horas de um domingo, e os pilotos sentiram o característico ruído do compartimento de armas abrindo, um momento que poderia expor a aeronave furtiva ao radar inimigo. Oito B-2s lançaram duas bombas fura-bunkers, cada uma pesando 13.600 kg, somando uma carga total de 27 toneladas, podendo destruir capacidades nucleares profundamente enterradas.
As implicações do ataque
A reação após o ataque gerou preocupações sobre os danos no local e as consequências para a liderança iraniana. O vice-presidente JD Vance enfatizou, em entrevista à Fox News, que a mensagem clara para o Irã é a capacidade dos EUA de lançar ataques precisos sem serem detectados, reduzindo assim a possibilidade de reconstrução de sua capacidade nuclear.
Histórico de missões de combate do B-2
As missões do B-2 em combate começaram durante a guerra do Kosovo em 1999, onde o conceito de retornar a tempo para atividades cotidianas, como buscar filhos após o treino de futebol, era quase surreal. Desde então, os pilotos realizaram operações em várias guerras, incluindo aquelas no Iraque, Afeganistão e Líbia, demonstrando a versatilidade e eficácia do B-2.
Preparativos e desafios da longa missão
Com ao menos 30 horas de voo, os pilotos precisam se preparar fisicamente para longos períodos em uma cabine apertada. A equipe médica da Base Aérea de Whiteman ajuda os pilotos a ajustar seus ciclos de sono e adaptar-se para garantir máximo desempenho. A cabine do B-2 possui um banheiro e um pequeno espaço para descanso, mas os pilotos devem permanecer em seus assentos sob condições específicas.
Técnica e estratégia operacional no combate
Os pilotos de B-2 estão acostumados com a pressão, já que missões passadas expuseram canhões antiaéreos e mísseis inimigos. Entretanto, desta vez a missão ocorreu sem disparos iranianos contra as aeronaves. O uso de bombas de 13.600 kg representa uma evolução significativa nas operações, superando o peso das munições utilizadas em confrontos anteriores, aumentando assim a expectativa entre os pilotos sobre o resultado das operações.