Cartão Jaé se torna obrigatório no Rio de Janeiro
A partir de 5 de julho, o cartão Jaé passa a ser um requisito obrigatório para acessar gratuidades nos transportes públicos do Rio de Janeiro, incluindo ônibus e BRT. Idosos, pessoas com deficiências e alunos da rede pública deverão utilizar esse sistema, que substitui o RioCard. O objetivo desta mudança é promover um maior controle e integração no sistema de transporte, embora a implementação tenha gerado críticas devido a falhas e longas filas.
Modalidades abrangidas e usuários beneficiados
Os novos regulamentos estabelecem que, a partir de 5 de julho, o uso do cartão Jaé será mandatário para todos os passageiros que têm direito à gratuidade em todos os modais municipais, que contemplam ônibus, VLT, BRT, vans e cabritinhos. A transição para a utilização obrigatória para todos os usuários está prevista para ocorrer até 2 de agosto. A lista de beneficiados inclui idosos (maiores de 65 anos); pessoas com deficiências (PCDs) e doentes crônicos associados a unidades de saúde, alunos da rede pública de ensino fundamental e médio, além de universitários cotistas e hipossuficientes, que comprovadamente possuem poucos recursos financeiros.
Uso do aplicativo e benefícios da integração
Para obter os benefícios, não é necessário ter o cartão físico em mãos, pois basta estar cadastrado no sistema Jaé e ter o aplicativo instalado em seu celular. No caso dos idosos, a apresentação de um documento de identidade com foto é suficiente. Além disso, os benefícios do Bilhete Único Carioca continuarão válidos a partir de 2 de agosto, porém exclusivamente por meio do Jaé. Para aqueles que utilizam o BRT, o sistema permite até três integrações em até três horas por um custo de R$ 4,70.
Impressão dos cartões e adesão dos usuários
Recentemente, a Prefeitura do Rio divulgou um balanço sobre a implementação do cartão Jaé, informando a emissão de 1,6 milhão de cartões, com 644 mil destinados a gratuidades. Já foram realizados 2,6 milhões de cadastros, sendo 1,1 milhão relacionados a gratuidade. "Estamos com 21% de utilização do Jaé no sistema, e vemos um aumento médio de 1% por dia", declarou a secretária Maína Celidono durante uma coletiva à imprensa.
Críticas e desafios enfrentados
No entanto, a transição tem sido desafiadora. O vice-prefeito Eduardo Cavalieri expressou preocupação com a falta de transparência no sistema anterior e ressaltou que a RioCard não forneceu dados que poderiam ter facilitado a transferência de informações para o novo sistema. Incidentes de longas filas e espera foram reportados, especialmente em postos de atendimento da Zona Norte, onde idosos enfrentaram condições adversas durante as esperas.
Nota e posição da RioCard
Em resposta a essas críticas, a RioCard defendeu sua atuação, afirmando que colaborou sempre que solicitada, e que não deve ser responsabilizada pelos problemas enfrentados na implementação do Jaé. A operadora ainda ressaltou que a transição se arrasta há mais de dois anos e meio, marcada por dificuldades na execução do novo sistema de bilhetagem eletrônica.
Postos de atendimento e dúvidas frequentes
Em meio às incertezas, muitos usuários continuam a ter dúvidas sobre o novo sistema de bilhetagem. O saldo remanescente do RioCard não poderá ser transferido para o Jaé, e os usuários são orientados a utilizá-lo até a data de transição. Além disso, a entrega domiciliar do cartão está disponível por uma taxa de R$ 7,95, sendo gratuita para os idosos. A integração tarifária no Jaé seguirá as regras do Bilhete Único Carioca, permitindo até três embarques consecutivos no mesmo sentido em até três horas, com a presença do BRT.
A transição em fases
A Prefeitura do Rio delineou um cronograma em duas fases para a adaptação completa do sistema Jaé, com o primeiro prazo já iniciado em 5 de julho e a segunda fase programada para 2 de agosto, quando o cartão se tornará o único meio de pagamento aceito nos transportes municipais.