Nesta segunda-feira, 21 de agosto, a cidade de São Paulo registrou novos incidentes de vandalismo, com três ônibus atacados e dois homens detidos. A violência contra o transporte público tem se tornado uma preocupação crescente, com um total impressionante de 813 ataques a ônibus registrados na Grande São Paulo desde 1º de junho.
Apenas nesta segunda, uma motorista foi agredida na Brasilândia, Zona Norte, e um idoso ferido durante os ataques. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os ataques foram concentrados na Brasilândia e na Vila Mariana, na Zona Sul. Um homem de 38 anos foi preso depois de arremessar objetos contra um ônibus na Avenida Deputado Cantídio Sampaio, forçando a motorista a parar o veículo. Ao tentar confrontá-lo, a motorista foi atacada fisicamente e um passageiro idoso caiu, sofrendo ferimentos na cabeça. O agressor, que aparentemente havia consumido álcool, não conseguia se lembrar dos eventos, informou a polícia.
No mesmo dia, outro homem de 40 anos foi preso após quebrar a janela de um ônibus na Avenida Domingos de Morais, também na Vila Mariana. Apesar do ônibus estar transportando passageiros no momento do incidente, não houve feridos. O autor do ato foi identificado por testemunhas e pela câmera de segurança do veículo. Reconhecido pela Guarda Civil Metropolitana, o homem confessou o ato, que foi registrado como um crime de dano.
As autoridades de transporte, incluindo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans, expressaram indignação diante dos atos de vandalismo e reiteraram a importância de relatar imediatamente quaisquer ocorrências às autoridades. As empresas que operam os ônibus têm a obrigação de reparar os danos e substituí-los para garantir a continuidade do serviço.
A onda de ataques tem sido, em parte, atribuída a disputas internas no sindicato dos trabalhadores do transporte, segundo informações da polícia. As investigações começaram a indicar que a rivalidade entre empresas de transporte urbano pode estar dando origem a esses ataques, com um aumento na tensão no setor. Outras linhas de investigação incluem a possível conexão com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e os desafios promovidos nas redes sociais.
Um dos incidentes mais preocupantes recentes foi um ataque na zona sul onde uma pedra feriu gravemente uma passageira, causando fraturas no rosto. O clima de insegurança continua a crescer enquanto as autoridades trabalham para entender melhor a motivação por trás dessa onda de vandalismo e sua ligação potencial com disputas de poder no setor do transporte público.