Controle Rigoroso sobre a Indústria de Chips
A administração Trump colocou a restrição do acesso da China a chips de inteligência artificial de alto desempenho como uma prioridade. O governo dos Estados Unidos expressou preocupações de que esses chips possam ser utilizados para fortalecer o arsenal tecnológico militar da China.
Implementação de Rastreadores em Envio de Chips
Um relatório da Reuters revelou que o governo norte-americano está incorporando dispositivos de rastreamento em remessas de chips de IA, com o objetivo de monitorar possíveis desvios dessa tecnologia para adversários geopolíticos. Fontes indicam que o Departamento de Comércio, através do Escritório de Indústria e Segurança, geralmente está envolvido nessas operações, potencialmente junto ao FBI e investigações de Segurança Nacional.
Remessas de Alto Risco
A inclusão de rastreadores está sendo feita em remessas consideradas de "alto risco de desvio ilegal para a China". A intenção é penalizar empresas ou indivíduos que violem os controles de exportação dos EUA. Informações também sugerem que os rastreadores estão sendo utilizados em remessas de servidores de fabricantes como Dell e Super Micro.
Reação da Indústria de Chips
A Nvidia, uma das empresas envolvidas, se manifestou negando a instalação de dispositivos de rastreamento em seus produtos. O porta-voz da empresa reafirmou que "não existem portas ocultas em chips da NVIDIA. Sem interruptores de destruição. Sem spyware", ressaltando o compromisso da empresa com sistemas confiáveis.
A Guerra dos Chips e Implicações Geopolíticas
A competição no setor de semicondutores sempre existiu, mas a ascensão dos chips de IA intensificou essa disputa, especialmente entre nações que buscam domínio na área de inteligência artificial generativa e suas aplicações militares. No entanto, a administração Trump tem emitido mensagens ambíguas, pois o próprio Trump indicou que estaria aberto a permitir que a Nvidia vendesse uma versão "reduzida" de seu chip GPU para a China.
Histórico de Vigilância e Tecnologias Ocultas
A prática dos Estados Unidos de embutir aplicações de vigilância em hardware e software exportados não é nova. Revelações de Edward Snowden em 2014 destacaram que a NSA frequentemente embutiu "ferramentas de vigilância de porta dos fundos" em roteadores e outros dispositivos computacionais antes de serem enviados a países estrangeiros.