O World’s Best Specialized Hospitals 2026, ranking divulgado pela Newsweek, aponta 22 hospitais brasileiros entre os melhores do mundo. Do total, 16 ficam no estado de São Paulo, sendo 5 públicos e 11 privados ou filantrópicos reconhecidos em áreas como cardiologia, cirurgia cardíaca, neurologia, ortopedia, gastroenterologia e oncologia. Essa concentração reforça a posição de SP como polo de referência em saúde de alta complexidade no país e no exterior.
O levantamento é realizado anualmente por meio de uma pesquisa online mundial, que reúne recomendações de profissionais de saúde, dados de acreditação e certificações, além da Pesquisa de Implementação de PROMs da Statista. Ao todo, o processo envolve validação por um conselho global de especialistas, que avalia instituições de referência em doze áreas médicas distintas, incluindo cardiologia, cirurgia cardíaca, oncologia, endocrinologia, neurologia, neurocirurgia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, gastroenterologia, pneumologia, pediatria e urologia.
Veja a relação de hospitais públicos que aparecem no ranking:
- Hospital das Clínicas da Unicamp de Campinas — Campinas, SP
- Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) — São Paulo, SP
- Hospital São Paulo – Unifesp — São Paulo, SP
- Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia — São Paulo, SP
- Instituto do Coração (InCor) — São Paulo, SP
Entre as instituições privadas e filantrópicas (com ou sem parceria com o SUS) presentes no World’s Best Specialized Hospitals 2026, destacam-se diversas referências da capital paulista, que atuam em múltiplas áreas da medicina e atendem a pacientes de diferentes redes, incluindo o SUS quando aplicável:
- A.C. Camargo Cancer Center – São Paulo
- BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo – São Paulo
- Hospital do GRAACC – São Paulo
- HCor (Hospital do Coração) – São Paulo
- Hospital Alemão Oswaldo Cruz – São Paulo
- Hospital Infantil Sabará – São Paulo
- Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo
- Hospital Sírio-Libanês – São Paulo
- Hospital e Maternidade Santa Joana – São Paulo
- Hospital São Luiz Itaim – São Paulo
- Pro Matre Paulista – São Paulo
Segundo dados da Secretaria Estadual da Educação, o InCor alcançou sua melhor colocação histórica no mundo em cardiologia, atingindo a 12ª posição, nove lugares acima de 2024. Também avançou em cirurgia cardíaca, subindo da 43ª para a 28ª colocação mundial. Em dois anos, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia apresentou crescimento expressivo, subindo 18 posições, do 64º, em 2024, para o 46º lugar. Na mesma linha, em cirurgia cardíaca, a unidade subiu de 70º para 64º. O Hospital das Clínicas, por sua vez, manteve presença entre os melhores do mundo em ortopedia (74º) e neurocirurgia (90º), além de aparecer na 117ª posição em gastroenterologia. No ranking de 2024, o HC-FMUSP havia ficado em 71º em ortopedia, 90º em neurocirurgia e 114º em gastroenterologia. O ICESP foi listado com a 182ª posição mundial em oncologia, consolidando-se como um dos maiores centros oncológicos da América Latina, atuando predominantemente no atendimento de pacientes do SUS.
“O destaque no ranking internacional reforça o trabalho contínuo do governo de São Paulo nos investimentos em saúde pública, inovação e qualidade assistencial para salvar vidas. É um orgulho ver hospitais que atendem o SUS paulista entre os melhores do mundo”, disse o secretário da Saúde do estado de São Paulo, Eleuses Paiva, em nota divulgada.
O ranking, portanto, revela não apenas uma lista de instituições premiadas, mas um mapa de onde se concentram esforços de excelência em saúde no Brasil. A presença expressiva de SP sugere políticas públicas que incentivam pesquisa, ensino e serviços de alta complexidade, reforçando a necessidade de manter investimentos estáveis na infraestrutura hospitalar, na formação de equipes multiprofissionais e na integração entre redes de atenção à saúde. Olhando para o futuro, o fortalecimento de parcerias entre universidades, hospitais e gestores públicos pode ampliar ainda mais a capacidade de oferecer atendimento de ponta a pacientes do SUS e da rede suplementar.