Lide Um relatório da Altrata aponta que Flórida, Texas e Utah serão os hotspots de crescimento da ultrarriqueza nos EUA nos próximos cinco anos, com a Flórida liderando em 8,8% ao ano até 2030. A Califórnia continua abrigando o maior contingente de ultrarricos, mas o ritmo de expansão diminui frente aos três estados do sul e oeste.
O estudo destaca uma mudança significativa na geografia da riqueza americana. Embora Nova York e Los Angeles ainda concentrem o maior número absoluto de ultrarricos — 21.380 em Nova York e 11.680 em Los Angeles —, uma parcela cada vez maior de fortunas se desloca para o sul e o oeste. A Altrata cita fatores como impostos mais baixos, clima mais ameno e ecossistemas de finanças e tecnologia em crescimento como alavancas para atrair novas fortunas e famílias migrantes.
Flórida, Texas e Utah vêm recebendo influxos de indivíduos e empresas de alta renda nos últimos anos. O estado da Flórida tornou-se ímã para gestores de hedge funds e investidores em criptomoedas, enquanto Miami consolidou-se como polo de imóveis de luxo. No Texas, nomes de peso passaram a buscar bases em Austin, impulsionados pela expansão tecnológica, e Houston, pela riqueza gerada no setor de energia. Utah, ainda que menor em escala, atrai pela combinação de estilo de vida e centro de negócios, com Salt Lake City atraindo empresários e fortunas já estabelecidas.
O relatório da Altrata estima que, embora a Califórnia permaneça como o estado com o maior contingente de ultrarricos e espere crescimento firme até 2030, Flórida, Utah e Texas devem se expandir mais rapidamente. A liderança de Flórida é destacada, com crescimento mais acelerado, enquanto a Califórnia registra uma dinâmica de crescimento mais contida.
Para as pessoas mais ricas do país, roteiros como condomínios em Miami, campi de tecnologia em Austin e chalés nas montanhas Wasatch, em Utah, passam a rivalizar com coberturas em Manhattan e imóveis no Vale do Silício como símbolos da nova elite americana. O relatório sublinha que a percepção de elegância e status está em evolução conforme esses mercados se consolidam.
Perspectivas para o futuro indicam uma continuidade dessa tendência, com o deslocamento da riqueza para estados com custo de vida relativamente menor, clima mais atraente e ecossistemas financeiros e tecnológicos em crescimento. A relação entre localização, impostos e qualidade de vida pode influenciar decisões de migração de fortunas e estratégias de investimento nos próximos anos.