Em uma importante votação no Congresso, o Governo espanhol conseguiu aprovar a lei de mobilidade sustentável, após a abstenção do partido Podemos em um movimento surpreendente que envolveu mudanças significativas no projeto referente ao aeroporto de El Prat.
O presidente do Governo, Pedro Sánchez, juntamente com as vice-presidentes, Maria Jesús Montero e Yolanda Díaz, celebrou a aprovação da nova legislação, que busca estabelecer a mobilidade como um direito fundamental dos cidadãos.
No entanto, a resposta de Junts ao acordo entre o Governo e Podemos foram de desconfiança e contestação. “Este acordo concreto não tem validez: para os catalães decidem os catalães,” afirmou a formação política, sublinhando que a legislação não altera os prazos das obras do aeroporto, como já havia declarado o Ministro de Transportes, Óscar Puente, que intermediou nas negociações com Podemos.
A nova legislação, que passou com 174 votos a favor e rejeitada por 170 deputados do PP, Vox e UPN, representa um passo significativo na política de mobilidade do país. Representantes de Junts continuam a argumentar que as decisões sobre El Prat devem ser tomadas localmente, envolvendo a população catalã diretamente.
O acordo entre o Governo e Podemos, garantido por uma série de concessões, levanta questões sobre a validade e a aceitação entre os catalães, que sentem que suas vozes não estão sendo ouvidas nesta discussão crucial.
À medida que a implementação das novas normas de mobilidade avança, os desdobramentos políticos continuarão a se desdobrar, e a posição de Junts poderá ter implicações significativas nas relações políticas dentro da Catalunha e com o Governo central.