O renomado historiador João Miragaya acredita que a guerra entre Israel e Hamas está próxima do fim. Em entrevista ao podcast O Assunto, Miragaya, que é Mestre em História pela Universidade de Tel Aviv, destaca que os termos aceitos pelo Hamas e a pressão dos EUA sobre Israel oferecem esperanças de paz.
O especialista enfatiza que o grupo terrorista Hamas abriu mão de sua principal carta na negociação, em troca de garantias de que Israel não voltará a atacar a Faixa de Gaza. "O Hamas jamais teria feito isso se não tivesse recebido garantias claras", afirma Miragaya. Segundo ele, Estados Unidos e Catar confirmaram a promessa de que Israel não retomarão os ataques na região, o que traz otimismo para o futuro.
A situação atual é marcada por um cessar-fogo, que começou na sexta-feira, 10 de outubro de 2025, e foi ratificado pelo governo de Israel. Com isso, milhares de palestinos deslocados pelo conflito têm retornado às suas casas, após abandonarem suas residências devido ao avanço das tropas israelenses.
Imagens de agências de notícias internacionais mostram colunas de palestinos se dirigindo de volta a suas comunidades, levando em conta a nova trégua. O Exército israelense, no entanto, advertiu que continuará eliminando qualquer ameaça que possa surgir, sem divulgar detalhes sobre as operações em andamento.
O acordo de paz, que prevê a devolução de reféns pelo Hamas em troca da liberação de prisioneiros palestinos por Israel, foi proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta prevê que o Hamas libere todos os reféns em até 72 horas após o início do cessar-fogo, enquanto Israel se compromete a diminuir sua presença militar na Faixa de Gaza.
Detalhes adicionais do acordo ainda não foram revelados, e a expectativa é que Trump visite a região em breve para discutir a implementação do plano. A análise de Miragaya sugere que a confiança dos aliados árabes-islâmicos dos EUA, como Catar e Turquia, pode ser um fator que pressiona Israel a manter a paz.
Em suma, embora os desafios permaneçam, a combinação de acordos e apoios externos pode indicar um caminho otimista para a resolução do conflito e a construção de uma nova era de paz entre Israel e os palestinos.