No cenário tecnológico atual, a visão de Sundar Pichai, CEO do Google, sobre o impacto do ChatGPT da OpenAI se destaca. Durante uma conversa na Dreamforce, o evento anual de tecnologia da Salesforce, Pichai revelou como a introdução do chatbot da OpenAI desafiou a posição da gigante de tecnologia no domínio da inteligência artificial.
O executivo reconheceu o papel crucial da OpenAI, afirmando: "Crédito para a OpenAI, pois eles lançaram seu produto primeiro." Isso ocorreu em um momento em que o Google, reconhecido como o líder em AI, já desenvolvia suas próprias soluções de chatbot internamente. O lançamento do ChatGPT em 2022, respaldado pela Microsoft, foi visto como uma grande ameaça ao domínio do Google no setor.
Após o lançamento do ChatGPT, o New York Times reportou que a administração do Google entrou em "código vermelho". Pichai compartilhou que, devido à situação, várias equipes foram redirecionadas para se concentrar em esforços de inteligência artificial. Ele comparou a experiência a momentos anteriores no mundo da internet, como quando o YouTube apareceu inesperadamente enquanto o Google trabalhava em busca de vídeos, ou quando o Facebook enfrentou o surgimento do Instagram.
Pichai destacou: "Sabíamos que em um mundo diferente, provavelmente teríamos lançado nosso chatbot alguns meses depois." Porém, ele admitiu que o produto ainda tinha muitos problemas a serem resolvidos, o que impediu um lançamento imediato. O Google já estava investindo fortemente em inteligência artificial, desde suas equipes de pesquisa até a produção de chips e infraestrutura.
Durante esses tempos, Pichai sentiu que a janela da IA havia mudado. Ele enfatizou que, apesar da pressão externa, o Google não se apressou em lançar um competidor do ChatGPT devido ao maior risco reputacional enfrentado em comparação com a OpenAI. Em março de 2023, o Google finalmente lançou seu chatbot, essencialmente apelidado de Bard, que mais tarde foi renomeado para Gemini.
Essas reflexões de Pichai não apenas fornecem uma visão sobre as dinâmicas da competição em tecnologia, mas também indicam as direções futuras que podem moldar o setor de inteligência artificial.